terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

QUERO MEU CHARUTO


 

QUERO MEUS CHARUTOS

 

Comecei a fumar charutos por volta de 1982, mediante recomendação de um irmão mais velho, me apresentando o vício como uma alternativa para combater as aftas, que sempre me afligiam,

Minha mãe padecia dessa inconveniência, meus irmãos em graus variáveis, o meu mais acentuado, e infelizmente transferi o padecimento a minha primogênita, que sofre um bocado com esse desgraçado incômodo.

Milagrosamente, o alcatrão contido no charuto é um santo elixir, tanto assim que em menos de um mês após adentrar no vício, fiquei livre das desgraçadas aftas.

Recomendo o “remédio” a todos que padecem desse mal, pois além de tornar o ato de comer um suplício, as aftas na língua dificultam até a fala. Nos períodos críticos, quando ainda na ativa, participando de reuniões , fazia bochechos com substâncias anestésicas para poder dar meu recado de forma razoável, já que nunca fui um bom orador e com a aftas ficava um desastre.

Não é um problema de acidez, comuns nesses casos, tendo talvez um fundo alérgico, pois fiquei sabendo que é um suplício hereditário, comum nas pessoas de nossa família.

Toda essa extensa introdução foi necessária, pois além de dar dicas “saudáveis” a meus leitores, foi o gancho para abordar o assunto do texto de hoje, baseado numa entrevista que li, do Presidente do BNDES, Gustavo Montezano, comentando as barbaridades perpetradas nos governos Mula e anta Dilma.

Dentre os bilhões emprestados, ou melhor doados a Cuba, uma dessas bondades no valor de 176 milhões de dólares, teve como garantia, “recebíveis da venda de charutos”, fato ocorrido no governo Mula, em 2010, com aval da Câmara de Comércio Exterior- Camex, que considerou as garantias aceitáveis(pqp).

Ao câmbio atual, esse valor corresponderia a mais de 1 bilhão de reais. Nossa grana a troco de charutos.

Cheguei a ler uma nota, que obviamente não é de um entendido ou viciado, sugerindo que diante do calote cubano, deveríamos ser ressarcidos em charutos, dando uma média de 5 por brasileiro.

Pelos meus cálculos, daria 1 por pessoa, se tanto, considerando um charuto de preço médio, pois um Cohiba custa mais de 30 dólares.

Como a maioria de meus amigos e leitores não fumam, pretendo iniciar uma campanha, solicitando que todos abram mão, dos 5, transferindo-me todos os direitos de pleitear o ressarcimento junto ao governo cubano.

Como tenho um vizinho que é embaixador aposentado,  estou mexendo os pauzinhos junto o Ministério das Relações Exteriores, utilizando seus conhecimentos e influência, para resolver o impasse, tentando aplainar o caminho, facilitando futuras negociações, prevendo antecipadamente êxito em minha cruzada, que eventualmente poderá ser estendida senão a todos os brasileiros, ao menos aos generosos cariocas não fumantes.

Ficaria satisfeito com umas 200 caixas(com 25 unidades), dos grandes, tipo double corona, robustos ou Churchil, que fumaria com parcimônia até os 100 anos, obviamente entremeados com outros mais baratinhos.

Caso tivesse êxito em minha empreitada, com auxilio dos anjos e santos, nunca mais criticaria os empréstimos concedidos a “El Comandante” e seus capachos,  a não ser para fazer elogios, de olho numa eventual contrapartida.

Não posso deixar de mencionar, que os charutos brasileiros são ótimos, mas com a tributação excessiva estão custando os olhos da cara. Só ganhando de presente.

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 08/02/22

 

 

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