quinta-feira, 9 de setembro de 2021

O DIA DEPOIS DE AMANHÃ

 

O DIA DEPOIS DE AMANHÃ

 

Vi e escutei, apenas algumas partes dos discursos de nossas “grandes autoridades”, após a fala contundente do Presidente Bolsonaro no inesquecível 7 de setembro de 2021.

O primeiro a falar, sem conseguir esconder o desconforto, lendo nervosamente o texto preparado com muito cuidado, Arthur Lira, Presidente da Câmara, saiu pela tangente, abordando apenas generalidades, sem mencionar o nome do Presidente da República, fingindo dar uma de machão no final de seu pronunciamento, fechando questão contra o voto impresso. Quem conhece o passado desse tipo, de seu pai, sabe muito bem que não são flor que se cheire. Processos a granel contra ambos, obviamente arquivados por excesso de provas e decurso de prazo.

Fux, o topetudo, começou bem, mas foi engrossando o caldo, como se o STF fosse o dono da verdade, esquecendo as inúmeras vezes que interferiram em questões alheias as suas responsabilidades, desrespeitando a Constituição, intervindo em assuntos de exclusiva competência do Executivo e do Legislativo. Mesmo provocados, deveriam abster-se de dar pitacos em assuntos fora de sua alçada. Concluiu com arrogância, que o desrespeito a qualquer decisão do STF, caracteriza-se como crime de responsabilidade. Também não citou de forma direta, o nome do Presidente da República.

Rodrigo Pacheco, Presidente do Senado, não nega suas origens. Mineiro discreto e praticamente desconhecido até assumir a importante posição, fica sempre em cima do muro, prega o entendimento, a conciliação, respeito a Constituição, não quer atritos com ninguém. Nada acrescentou alem de dizer o óbvio.

Augusto Arras, Procurador Geral da República, também ficou da dele. Está aonde está, por obra e graça de Bolsonaro, pois não é muito do agrado dos demais procuradores. Falou também o que se espera de um subordinado, sem mencionar o nome do chefe. Não é bobo de se indispor com quem poderá mantê-lo na mordomia num segundo mandato.

Fica no ar a indagação, se Bolsonaro terá mesmo peito de não acatar qualquer decisão do careca bovino Alexandre o pequeno, que amedrontado, com as calças na mão, deverá ter muito mais cuidado em seus despachos, a não ser que queira mesmo um tira-teima com o esporrento Presidente.

Quem será que pagará para ver?

Outro assunto que deve estar incomodando o Presidente, é a demora do pançudo David Alcolumbre, em submeter a CCJ do Senado, o nome do escolhido, André Mendonça, para a vaga no STF, que era ocupada pelo porralouca Marco Aurélio Mello, aposentado recentemente.

Alguns cretinos estão sugerindo substituir Mendonça por Arras, ou pelo Presidente do STJ, Humberto Martins, nomes mais palatáveis a maioria dos senadores.

Espero que Bolsonaro fique firme em suas pretensões, pois esses políticos safados querem como seus prováveis e futuros julgadores, pessoas manobráveis e agradecidas, o que não é caso de André Mendonça, por sua formação moral, cívica e religiosa.

Ficamos com esses impasses entalados na garganta, na expectativa de como será o amanhã, o depois de amanhã, o depois do depois...

Mas uma certeza temos: ontem, hoje e sempre,

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 09/09/21

 

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