A JUIZA VEGANA

 

A JUÍZA VEGANA

 

Nesta sexta-feira não vou escrever sobre Bolsonaro, que insiste em ser bronco e estulto, pois continua arrotando asneiras, mencionando perigos na próxima eleição, caso o voto não seja impresso.

Embora o tema do voto impresso seja assunto relevante, foi abordado em momento totalmente equivocado.

Bolsonaro não cansa de alimentar a oposição vingativa com seus arroubos destemperados e fora do contexto.

O assunto de hoje é sobre a juíza de Goiás, Placidina Pires, que mandou soltar uma advogada trambiqueira presa preventivamente, por suspeita de integrar uma quadrilha de lavagem de dinheiro e jogos de azar.

Em seu salomônico despacho a piedosa juíza, alega que a ré é vegana, não comendo nenhum produto de origem animal. Como as cadeias de Goiânia não estão aparelhadas para fornecer esse tipo especial de alimentação, optou por conceder lhe conceder a liberdade com monitoração eletrônica, preservando sua saúde e bem estar.

Essa juiz Placidina faz jus ao nome, pois dever ser muito plácida, zen, talvez também seja vegana é adepta de uma dessas religiões contemplativas.

Tem muito bandido torcendo para que essa medida inusitada se torne jurisprudência, aumentando o número de veganos em nosso país. Até os trambiqueiros judeus, também poderiam utilizar desse mesmo argumento para aliviar suas penas, pois duvido que as prisões estejam equipadas para alimentação kosher.

Já os católicos, macumbeiros e membros de outras religiões estariam fodidos, pois comem de tudo, quanto mais, melhor.

Houve uma chiadeira geral, porque como de hábito, nossa justiça protege os criminosos, que até recebem para cumprir suas penas.

Por incrível que pareça, uma das críticas mais oportunas a essa atitude intempestiva da juíza, veio de onde não se esperava.

Não é que um filhote do Presidente acertou na mosca, ao postar em sua rede social: “Enquanto em todo o mundo a primeira coisa que ocorre a um preso é perder determinados direitos, no Brasil é o contrário, a preocupação é em preservar todos os direitos”.

A correta postura do rebento presidencial, contrariou a lógica de uma das perolas do Barão de Itararé: “de onde menos se espera, daí e que não sai nada”.

Em nossa terra até o impossível acontece;  o ex-futuro embaixador do Brasil nos USA, pós-graduado em fritar hamburger, deu uma dentro?

Quando a juíza Placidina, recomendo reduzir as doses de Rivotril, para deixar de ser tão plácida e complacente.

 

José Roberto- 08/01/21