terça-feira, 19 de maio de 2020

QUARENTENA- DIA 65- QUE PAÍS É ESSE?


QUARENTENA- DIA 65- QUE PAÍS É ESSE?

Como gostam de dizer, “ o Brasil não é para amadores”.
Frase corretíssima, pois desde o final da “República Velha”, com início de um novo período histórico, começando com a ditadura Vargas em 1930, não demos sorte com nossos governantes, atrelando nosso desenvolvimento aos grilhões do terceiro mundo.
Crescemos lentamente aos trancos e barrancos, graças a força e iniciativa de alguns estados e de seus ousados empreendedores,  que mesmo remando contra a maré conseguiram dar os passos iniciais para nossa industrialização.
Por mais que queiram denegrir, a intervenção militar em 1964, foi uma necessidade real, exigida pela absoluta maioria do povo brasileiro, comemorada com jubilo por toda a mídia , conforme pode-se constatar nos arquivos e registros da época.
Os famosos “anos de chumbo”, mesmo com algumas tolices como a “reserva de mercado” nas áreas de informática e automotiva, foram anos de progresso, de pleno emprego, de segurança, apesar contratempos causados pelos movimentos terroristas de esquerda, que tentavam implantar no país um governo comunista marxista.
Após o período de abertura, da anistia ampla, geral e irrestrita, com início da Nova República em 1985, ao invés do grande salto para o futuro com o pretenso restabelecimento das liberdades plenas, com eleições livres; tivemos a má sorte de escolher pessimamente nossos representantes, em todos os níveis, federal, estadual e municipal.
Como um país poderia dar certo tendo como seu primeiro presidente “democrático”, uma raposa velha, matreira e corrupta como José Sarney(sucedeu a Trancredo Neves que nem chegou a tomar posse, mas que seria um grande decepção, pois alem de se notabilizar por ficar sempre em cima do muro, durante sua longa carreira como político, jamais apresentou um projeto de lei que valesse alguma coisa, limitando a pronunciamentos e homenagens póstumas a seus parceiros).
Após 5 anos de penúria e hiperinflação nas mãos do corrupto bigodudo maranhense, caímos no conto do vigário do “Caçador de Marajás”, o alagoano/carioca Fernando Cheirando Collor Saco Roxo de Mello.
Com esse malandro que bloqueou nossas contas bancárias e sequestrou a poupança de milhões de brasileiros, vivemos um inferno astral, ao som de tangos dançados poro Zélia Cardoso  e Bernardo Cabral.
Com a República de Alagoas instalada no poder, a corrupção que sempre existiu, começou a ganhar forças sob o comando do famoso P.C. Farias, que desviou bilhões do erário, morrendo misteriosamente, sendo suicidado ao lado da amante, após o impeachment de seu grande amigo e mentor.
A única coisa proveitosa do governo Collor, foi a abertura do mercado automobilístico, livrando o país das “carroças”, acabando com a moleza das montadoras, que aproveitavam suas fábricas obsoletas para instalá-las em nossa terra.
Itamar Franco foi um razoável Presidente tampão, deixando sua equipe econômica trabalhar independente, criando o Plano Real, que finalmente acabou com a inflação constante e endêmica que nos assolava.
Fernando Henrique, FHC, fez até um primeiro governo aceitável, sob as bençãos do novo plano econômico, permitindo através da estabilidade da moeda, incremento dos investimentos na industria, comércio e serviços, com melhoria no desenvolvimento do país.
Todavia, para reeleger-se, entregou sua alma impura ao diabo, cooptando políticos de todos os partidos para alterar a Constituição, inflando seu desmedido ego e obviamente o bolso de todos, inclusive o próprio.
Esse malandrão com cara de Sapo Boi, deveria estar no rol dos envolvidos no Lava-Jato, mas dizem por aí, que graças a benevolência do juiz Sergio Moro, jamais foi incluído na maracutaias, varias delas com sua participação efetiva.
Sob os governos duplicados de Mula da Silva e da anta Dilma Rousseff, já falei e escrevi demais.
O grande corrupto apedeuta de Nove Dedos, e sua boneca de ventríloco amestrada, roubaram, deixaram roubar e levaram o país a beira da falência.
A situação de extrema dificuldade que atravessamos, com horizontes incertos e ainda mais turbulentos, é fruto direto da atuação corrupta e destruidora dessa dupla e seus asseclas.
Michel Temer, que também tem rabo de palha, pegou uma bomba ao assumir o espólio deixado pela Anta. Apesar de seus rolos com a JBS, de sua briga com o safado Procurador Geral, Rodrigo Janot e suas “flechas”; apesar dos pesares até que deu um melhorada, com aprovação de algumas mudanças e projetos estratégicos, sempre fustigado pelas flechados do Procurador.
Bolsonaro, eleito basicamente por sua única virtude que é a honestidade(até prova em contrário), para mudar drasticamente o “status quo”, tentando reestabelecer a meritocracia para preenchimento dos quadros do governo; abolindo o sistema de verbas fáceis para a mídia e patrocínios de artistas famosos, despertou a ira geral desse setores que influenciam a opinião pública, que passaram a agredi-lo de todas a formas.
Tentando abreviar minha longa peroração, pois os fatos são de conhecimento geral; em tempos dessa alardeada pandemia que paralisou o país, ao invés de cair matando nos governadores e prefeitos, corruptos e insensíveis desviando dinheiro recebido do governo federal para combater a pandemia, a mídia, com apoio de alguns ministros facciosos do STF, tenta por todos os meios, derrubar o atual governo por motivos fúteis, tentando ouvir gravações de reuniões do ministério, onde obviamente o Presidente, que reconhecidamente não é um gentlemen, usa palavras de baixo calão, tentando inclusive interferir na Polícia Federal, hábito comum de todos os ex-Presidentes.
Ora, vejam o absurdo da situação.
Congresso e STF preocupados com a conduta tosca de Bolsonaro, que talvez tente ajudar seus rebentos enrolados em pequenas trambicagens, grão de areia frente a magnitude da roubalheira atual, que provavelmente resultará num outro grande processo, “O Coronão”, tendo como peça principal outro governador do Rio,  (a exemplo de Cabral), o bovino Wilson Witzel, o campeão do superfaturamento em tempos de Convid-19.
É sabido, que Bolsonaro costuma dar alento quase diário a mídia e a oposição, com suas declarações intempestivas e impensadas, mas condizente com sua personalidade, que recusa a se adaptar a liturgia do importante cargo para o qual foi escolhido.
Finalizando, considero surreal o momento que atravessamos, onde roubar dinheiro “sagrado” para combater um vírus terrível e ameaçador, é menos importante que uma briguinha entre um ex-ministro despeitado e um Presidente turrão, mas honesto(até que se prove o contrário).

José Roberto- 19/05/20


2 comentários:

  1. Muito bom o seu comentário de hoje. Como fui vizinho do Itamar, na Rua Sampaio, em Juiz de Fora, sei o quanto ele também era de falar, sem rodeios, o que lhe vinha à cabeça. Não era tão tosco quanto ao Bolsonaro, mas também não levava para casa dissabores, dava o troco no ato. Mas, diferentemente do Bolsonaro deixava o pessoal trabalhar em paz e assumia as responsabilidades. O FHC nunca gostou do Itamar, mas o Itamar o levou para o Ministério da Fazenda e deu “uma verdadeira” carta branca, para criar uma equipe e desenvolver o Plano Real. O FHC não queria o impeachment do Collor, bem como não queria o Itamar no Governo.

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  2. ET: Aproveitei a ótima Charge e copiei para o WhattsApp

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