sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

A TETA DAS FILHAS SOLTEIRAS


A TETA DAS FILHAS DAS SOLTEIRAS

Peguei a notícia pela metade no rádio do carro, mas os valores mencionados chamaram minha atenção.
Num país onde prevalecem as mamatas , para a malandragem esperta que criou os sangradouros nas contas públicas, de uma dessas tetas ainda jorra o leite que pagamos com nosso suor.
Até hoje custeamos a felicidade de 52 mil pensionistas federais, filhas solteiras de funcionários públicos e militares, que consomem quase 5 bilhões/ano dos cofres públicos.
Essa aberração foi criada em 1958 por Juscelino Kubitschek, nos delírios da construção de Brasília dentre outras besteiras desse venerado mineiro e extinta em 1990, mantendo todavia o direito de quem já se beneficiava da mamata.
De acordo com dados do TCU, apenas nos meses de novembro e dezembro de 2019, as pensionistas receberam 630,5 milhões(uiuiuiui). Uma felizarda recebeu em novembro 233, 4 mil e diversas outras na faixa de 52 mil, nada mal para essas filhas bem aventuradas.
Para receber essa grana fácil, as filhas tem que jurar que continuam solteiras, apesar de terem filhos, viverem amancebadas, só não casando no papel e o governo acredita.
Em 2016, o TCU alterou as regras vigentes, exigindo que as filhas sortudas comprovassem a necessidade de receber a grana fácil, cancelando milhares de benefícios. Berrando com bezerras desmamadas, as filhas recorreram ao STF, que generosamente cancelou a decisão do TCU, mantendo a moleza.
Essa mesma aberração acontece no funcionalismo estadual e para variar, o estado do Rio de Janeiro é o que tem o maior numero de filhas sortudas pensionistas, 31 mil, que custam 600 milhões anuais ao estado(falido).
São Paulo vem em segundo, com 15 mil pensionistas recebendo pensões com valores médios bem superiores aos do Rio, custando aproximadamente 500 milhões/ano.
É um tanto injusto, mas tenho que citar uma pessoa conhecida, atriz bem popular que suga essa tetinha sagrada. Maitê Proença, filha “solteira” de um procurador estadual, que recebe 24,6 mil mensais. Teve uma filha e viveu 12 anos com o empresário Paulo Marinho, passou mais um tempo amancebada com o cineasta Edgar Moura de quem já separou e vai curtindo amizades coloridas, feliz com a pensão de “filha solteira”.
Independente dessa conversa mole de direito adquirido, essa pensão vergonhosa deveria ser extinta de imediato, pois alem da brutal economia aos cofres públicos, constitui-se numa afronta aos trabalhadores do Brasil, que contribuem 35 anos ou mais, para que apenas suas mulheres e filhos menores ou com necessidades especiais, recebam valores insignificantes.
A nova Previdência que já está em vigor, vai reduzir ainda mais as pensões das viuvas e filhas dos trabalhadores comuns.
E viva o país das exceções e mordomias, onde uns são mais iguais que outros.

José Roberto- 07/02/20


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