terça-feira, 8 de janeiro de 2019

DESTRINCHANDO O SISTEMA S


 

DESTRINCHANDO O SISTEMA S

Antes da posse, Paulo Guedes em palestra a nata do empresariado brasileiro, deu um esboço geral de suas principais metas a frente do Ministério da Economia, ressaltando, que um dos tópicos seria uma revisão do famoso e indevassável Sistema S.
Causando um certo desconforto entre os presentes, acostumados a serem paparicados pelos governos anteriores, esclareceu, que pretende cortar entre 30 e 50% das bilionárias verbas destinadas ao poderoso Sistema, que apesar de sustentado por dinheiro público, jamais prestou contas de como o ervanário é aplicado.
Ressaltou, que se houver cooperação e entendimentos, o corte terá como base o patamar inferior, caso contrário, serão tosquiados 50%, sem choro nem velas.
O Sistema S envolto numa caixa preta indevassável, absorve anualmente quase 17 bilhões de reais, gastos com as Federações Sindicais Patronais(FIESP, FIRJAN, FIEMIG...) e entidades subsidiárias, como Senai, Sesi, Sesc, Senac e Sebrae, que oferecem cursos profissionalizantes de ótima qualidade, funcionando em todo o país desde longa data.
O problema é que nenhum desses órgãos presta contas a sociedade, o que deveria ocorrer, pois sobrevivem com recursos públicos.
Uma auditoria extemporânea do TCU realizada entre 2015 e 2016, constatou que 90% das contratações dessas entidades eram feitas sem licitação, mesmo as de valores significativos, o que dá margem a sérias desconfianças, por todos os trambiques que vem sendo descobertos em nossa história recente.
O TCU também constatou, dentre o enorme patrimônio imobiliário do Sistema, com quase 3.000 imóveis espalhados pelo pais, várias unidades são utilizadas com finalidades que nada tem a ver com suas atribuições, demonstrando haver “caroço nesse angu”.
Outro aspecto que tem que ser muito bem escarafunchado, são os patrocínios as equipes de voley, basquete e torcidas organizadas, nicho ideal para desvios e maracutaias.
Dispêndios na construção de sedes majestosas, no pagamento de salários sem teto e com prováveis penduricalhos, não deixam de ser uma atração fatal para nossos administradores, que são facilmente seduzidos por mordomias e pelo vil metal.
Na diretoria dessas entidades foram encastelados ex-dirigentes sindicais de renome, a exemplo de Jair Meneguelli,dentre muitos outros, que numa das diretorias do Sesi recebia a bagatela de 70 mil mensais, fora vantagens adicionais.
Para que o novo governo cumpra com suas promessas de reformas, moralização e combate a corrupção, é imprescindível que restrinja a grana farta destinada ao Sistema S, alem de exigir a  prestação de contas de todas entidades subordinadas, enxugando os gastos exorbitantes com pessoal, que atinge a cifra de 5 bilhões ano, fazendo um expurgo total de ex-sindicalistas e apaniguados de partidos e regimes anteriores.
Essa mamata tem que acabar com urgência.
Cacete neles, Senhor Ministro!!!

José Roberto- 08/01/19


Um comentário:

  1. O Estado brasileiro cresceu tanto, mas tanto mesmo que gerou um outros Estados Ocultos. O Sistema S é a prova escancarada disso. Acabar os diversos "estados ocultos" é que são elas, pois os participantes desses estados estão coladinhos no governo e não soltam o osso de jeito nenhum, usando todas as artimanhas possíveis e imagináveis. Como diria Millôr Fernandes: “Todos os países são difíceis de governar. Só o Brasil é impossível.”

    ResponderExcluir