quarta-feira, 11 de novembro de 2015

ESQUISITICES E SUPERSTIÇÕES



 
ESQUISITICES E SUPERSTIÇÕES

Nesse início de primavera fria, está batendo uma urucubaca aqui pros meus lados.
Meu blog continua entupido, não aceitando comentários, nem mesmo os favoráveis dos meus mirrados leitores.
Tenho insistido junto ao provedor sem sucesso. Ao menos o tamanho das letras parece que voltou ao normal. Minha irmã ligou, informando que estava precisando de uma lupa para ler os textos.
Estive novamente ontem, no posto da Receita Federal em Ipanema, cujo atendimento estava agendado para as 13,11 horas. Não é que o rigor inglês na marcação dos horários está funcionando. Fui chamado com apenas 4 minutos de atraso. Maravilha, maravilha, principalmente por se tratar de um órgão público.
A atendente como de costume muito atenciosa, dispensou um monte de cópias de recibos que havia anexado a contestação, carimbando a cópia do meu requerimento e entregando um protocolo para acompanhamento do processo, se quisesse fazê-lo, via Internet.
Ao menos por um tempo, estarei livre dessas aporrinhações, até que o ciclo se reinicie.
Já comentei em textos anteriores, que na praça onde levo meu fiel escudeiro Vick para seus passeios diários, é muito comum nos depararmos com despachos, os quais examino e fotografo, mantendo um arquivo em meu celular.
A grande maioria desses despachos são feitos com doces, balas, refrigerantes e outros comestíveis. Dois em especial chamaram minha atenção.
Um deles com mais de 100 bombons sonho de valsa e serenata de amor, o outro com dezenas de maravilhosos quibes e coxinhas, que nos deixaram com água na boca(eu e o Vick).
Esses despachos devem fazer a alegria de um mendigo, que montou seu abrigo entre uns arbustos, sob as arvores da praça.
Uma única vez, num domingo pela manhã, vi uma senhora deixar um saco plástico preto aos pés da frondosa jaqueira, dizendo uma poucas e ininteligíveis palavras e se escafedendo rapidamente.
Curioso, após a retirada da “despachante”, fui ver o saco de perto, abrindo-o e deparando com pedaços esmigalhados de uma ave preta, supostamente uma galinha.
Conversando com alguns colegas mais entendidos(amigos que também passeiam com seus cães), esclareceram que os despachos com doces e caramelos são despachos do bem, porem o da galinha, deveria estar repleto de más intenções.
Continuando com essas esquisitices, observei dias atrás quando ia para o escritório, em pleno Aterro do Flamengo, uma galinha de angola que olhava desorientada os carros que passavam rápido.
Matutando com meus botões, calculei que a pobre ave deveria ser fugitiva de algum despacho frustrado, pois embora as galinhas de angola voem melhor que as galinhas comuns, são vôos relativamente curtos, não justificando a presença dessa ave em uma zona tão movimentada do Rio de Janeiro.
Não sei qual foi o destino da pobre ave, pois não li nenhuma notícia nos jornais sobre o inusitado assunto. Talvez tenha ido direto à panela do Porcão Rios, sob o título de “galinha de cabidela”.
As cigarras ainda continuam refugiadas em seus buracos, aguardando os prometidos e agradáveis dias de sol e calor,  normais na nossa primavera.

José Roberto- 05/10/11

TEXTO ESCRITO HÁ CINCO ANOS, RECUPERADO DO BLOG TERRA OPINIAODOZE, ÉPOCA EM QUE OS DESPACHOS E MACUMBAS ERAM MAIS CAPRICHADOS, AINDA SEM SOFRER OS EFEITOS DA CRISE.

JOSÉ ROBERTO- 11/11/15



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