segunda-feira, 25 de maio de 2015

CONFIAR DESCONFIANDO

CONFIAR DESCONFIANDO

Não estou me referindo a políticos, pois nesses não confio “nem que a vaca tussa”.
De um modo geral, não sou um cara desconfiado, daqueles que sempre estão com um pé atrás, pois se a vida já não é um mar de rosas, procuro levar as coisas na maciota, me preocupando apenas com os problemas que realmente merecem atenção.
De um tempo para cá, assumi o encargo de fazer as compras semanais, normalmente às quintas feiras, não sei se por delegação, ou determinação expressa de quem realmente dá as cartas na família Rosas Ferraz.
Portando, de lista em punho, lá vou eu alegrinho, todas as quintas no período da tarde, ao supermercado de minha preferência, no caso, o Prezunic de Botafogo, defronte ao cemitério São João Batista.
Não sou daqueles chatos que ficam em cima do caixa, conferindo os lançamentos um a um, pois como todo senhor de terceira idade, prefiro ficar batendo um papo com os parceiros de fila, comentando sobre a alta dos preços, sobre o calor no local, pois o ar condicionado nunca funciona a contento, jogando conversa fora, até o duro momento de passar o cartão de crédito na maquininha, constatando que o valor total da nota superou o da semana anterior.
Com raras exceções, deixo para dar uma olhada no comprovante de caixa ao chegar em casa, sem pressa, pois sempre acreditei na lisura das mocinhas, senhores ou senhoras, que passam os produtos adquiridos pelas leitoras.
Numa dessas exceções, após colocar todas as compras no bagageiro, cismei que o valor estava bem acima da média dos gastos semanais. Dei uma olhada no ticket de caixa ,descobrindo a cobrança indevida de um bolo, no valor de R$ 299,00.
No box da  gerência, mostrei o engano cometido pelo caixa, mas mesmo assim tive muito trabalho para acertar com o cartão de credito, pois constatei, que o supermercado não havia cancelado o lançamento inicial, mantendo o faturamento em dobro. Levou dois meses para resolver essa pendência.
Com uma fraca luzinha de alerta ligada, comecei a ficar mais atento as contas do supermercado, tentando acompanhar no ato os lançamentos e checando com mais cuidado os comprovantes, ao chegar em casa.
Somente nesse ano, constatei quatro cobranças indevidas, todas de pequenos valores, normalmente inferiores a R$ 10,00, não justificando a perda de tempo e gasto com gasolina, para retornar ao supermercado e fazer a reclamação no mesmo dia.
Fiz as reclamações no visita posterior, sem contudo ser ressarcido  do valor cobrado a maior, recebendo  quando muito, um agradecimento, do gerente que escutou minha reclamação.
Por acaso, algumas semanas atrás, li na Seção de Cartas de O Globo, reclamação de uma cliente do Prezunic, alertando sobre essas cobranças indevidas, que se repetiam rotineiramente.
Mesmo prevenido e já tendo sentido na carne esses erros intencionais ou não, na quinta feira passada, dia 21/05, estive no supermercado, comprando dentre muitas coisas,  2 rolos de papel laminado.
Não é que o danado do caixa tascou 12 em minha nota!
Como não havia embalador, me distrai empacotando as compras, deixando de constatar esse equivoco no ato.
Ao chegar em casa, examinado o comprovante e vendo que novamente havia tomado na tarraqueta, retornei de imediato ao supermercado, puto da vida.
Procurei o gerente e falando um pouco acima do tom normal, reclamei sobre essa nova falha, proposital ou não, que ocorria de forma sistemática. Aproveitei para alertar uma cliente que estava próxima.
O Gerente sem pedir desculpas, devolveu de imediato os R$ 26,00 cobrados a maior, com medo que outros clientes ouvissem minha reclamação.
Acredito, que nunca tenham feito uma devolução em tempo tão breve.
Aproveitei para relatar esse caso na Seção de Cartas de O Globo, publicada com alguns cortes, na edição de ontem, domingo.
Suspeito, que seja alguma trama dos caixas, que cobrando em dobro ou em triplo algum produto de menor valor, permite que um comparsa, passe com o produto sem que seja lançado, pois já foi devidamente baixado no banco de dados do computador.
De um modo geral, por se tratar de pequenos valores, a pessoa tende a deixar como está, assimilando o prejuízo, levando em conta o tempo e transito que teria que enfrentar, caso retornasse ao estabelecimento para fazer a reclamação e solicitar o reembolso.
Já tive problemas semelhante com o “Sem Parar”, com cobranças de pedágio na Ponte Rio Niterói(3,80), no período da madrugada, sem  que o carro tivesse saído da nossa garagem.
Por tratar-se de debito em conta corrente, com muito atraso e por acaso, constatei a repetição de cinco ocorrências semelhantes, das quais aguardo o reembolso.
Precisamos estar atentos, pois intencionalmente ou não, essas cobranças são sempre a maior, nunca a nosso favor.
Com o Prezunic então, recomendo cuidado especial.

José Roberto- 25/05/15





Um comentário:

  1. Se é de próposito ou não o negócio é que temos que estar atentos o dia inteiro. Como se não bastasse as clonagens de placas de automóveis, uma amiga teve a carteira de motorista clonada. Dá para imaginar a dor de cabeça que ela está tendo para regularizar? Tem multas para todos os gostos, nas estradas, nas cidades e por ai vai. Isto é Brasil!

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