terça-feira, 28 de outubro de 2014

O CUSTO DA DEMOCRACIA

O CUSTO DA DEMOCRACIA

Eleições concluídas num clima de total normalidade, com o povo expressando sua vontade através das urnas.
Será que a vontade do povo foi expressa realmente pelo voto, ou fatores estranhos influenciaram os dedos trêmulos que teclaram as urnas eletrônicas?
Não se trata de fatores ou causas estranhas, mas de fatos reais, amplamente conhecidos e divulgados, que martelados incessantemente na cabeça pouco oxigenada dos dependentes das bolsas assistenciais, os tornaram escravos da chantagem e das falsas ameaças da extinção desses benefícios.
Tal como na fábula do Flautista de Hamelin, os milhões de “assistidos” seguiram cegamente os sons das trombetas do governo, como “ratos amestrados”, sufragando a candidata a reeleição, por puro medo.
Situação fácil de ser comprovada, não sendo necessário poderes dedutivos de um Sherlock Holmes.
Basta analisar o numero de bolsas famílias concedidas por estado.
Proporcionalmente, Maranhão e Piauí tem o maior numero de beneficiários, representando quase a metade da população.
Todavia, a Bahia é recordista em números absolutos de “mamadores”, com 6 milhões de beneficiados, representando 40% da população. Daí a explicação para a grande vantagem obtida por Dilma no estado e logicamente, em toda a Região Nordeste.
Até mesmo em Minas, Dona Dilma “lavou a égua” no Vale do Jequitinhonha, no polígono da seca, onde são distribuídas aproximadamente 3 milhões de bolsas.
Difícil é aceitar essa lógica democrática dura de deglutir, pois o voto de um desses analfabetos, teleguiados, que escolhem o candidato por indução, tem o mesmo peso, o mesmo valor de um voto consciente.
Tem o mesmo valor do meu, do seu voto, da pessoa que raciocina, que pensa em escolher o melhor para o país.
Embora num regime democrático, todas as pessoas sejam iguais, tendo os mesmos direitos, parâmetros deveriam ser estabelecidos para balancear essas igualdades, ao menos em determinadas questões, onde a perfeita compreensão dos fatos é de suma importância para condução dos destinos do país.
Apoio a tese mais radical, que visa aprimorar nosso sistema político, exigindo escolaridade mínima de candidatos para disputar determinados cargos e acabando com o voto dos analfabetos.
Nos tempos atuais, uma pessoa que não sabe ler e escrever não tem capacidade e discernimento para escolher nosso representante. É facilmente manobrável, como pudemos constatar nessas últimas eleições.
Essas discrepâncias da democracia somente serão amenizadas quando o grosso da população receber do governo não apenas esmolas, mais serviços dignos, principalmente EDUCAÇÂO e saúde, situação que nem meus netos chegarão a vivenciar.
Enquanto isso, vamos arcando com os custos da nossa capenga democracia.

José Roberto- 28/10/14



4 comentários:

  1. No Brasil, pagamos realmente um alto custo por nossa democracia, impostos extorsivos, tributação indireta em todos os produtos, uma grana preta para sustentar um governo corrupto, que aumenta cada vez mais o numero de eleitores cativos, doando bolsas esmolas que os tornam preguiçosos e dependentes,
    Com o aumento de "viciados" que votam na situação, fica praticamente impossível alterar o "status quo", ficando tudo como dantes no quartel de Abrantes.

    ResponderExcluir
  2. Zé Roberto

    Mais uma vez, concordo integralmente com você, temos que jogar o jogo da Democracia, mas não é fácil entender que o voto de uma pessoa semianalfabeta, tenha para o futuro do país, o mesmo valor do voto de Paulo Jorge Lemann, Arnaldo Jabor, Luiz Fernando Veríssimo, e outros.
    Abraço, Otto.

    ResponderExcluir
  3. Depois que a Dilma, na entrevista da Record, disse que quem votou no Aécio, no estado de São Paulo, são pessoas não bem informadas, não tenho mais nada a comentar.

    ResponderExcluir
  4. Disputar uma eleição para a presidência da república contra um candidato a reeleição, que tem a seu favor toda a máquina do governo, mais os votos de cabrestos do bolsa família e urnas eletrônicas não confiáveis, conforme parecer da UNICAMP, é quase impossível vencer essa disputa. Na realidade é uma covardia. É uma luta desigual.

    ResponderExcluir