O GRANDE SALTO

O GRANDE SALTO

Quem viu o programa do PT na quinta-feira passada, se for lúcido e bem informado, certamente ficou enojado com tanta embromação, falsas informações, estatísticas manipuladas e meias verdades a granel, numa tentativa explicita de enganar o eleitores, principalmente a ala pobre do bolsa família e congêneres.

Numa dobradinha capaz de fazer inveja a qualquer dupla sertaneja, Lula e Dilma entoaram um pagode desafinado, reescrevendo a história do país.

Nossos livros escolares obrigatoriamente deverão destacar essa divisão de eras, que reafirmou a independência do Brasil e nossa soberania, pois até então, éramos lacaios das grandes potências.

AL(antes de Lula) e DL(Depois de Lula).

Ver e ouvir essa dupla de pinóquios arrotar bravatas na TV é dose exagerada, mesmo para o saco flácido de um velho.

Que país é esse, que criador e criatura mencionam, onde existem boas escolas, os hospitais públicos recebem com médicos sorridentes, todos aqueles que os procuram?

Que país é esse onde as casas populares são bens construídas, não trincando ou afundando meses após serem entregues aos que deram duro para adquiri-las?

De mãos dadas, essa dupla dinâmica afirma, que após dez anos separando o joio do trigo, de treinamento intenso, chegou o momento do grande salto.

Como escreveu Guilherme Fiúza em seu brilhante artigo publicado no O Globo de sábado, talvez, boa parte dos telespectadores, tenham entendido a mensagem, como o momento para o “segundo grande assalto”.

Não resta dúvida, que nesses dez anos de PT, “nunca se roubou tanto na história desse país”, em especial no dois governos Lula.

O Batráquio, alem de não enxergar toda a roubalheira que corria desenfreada em seu governo, abriu uma sucursal em São Paulo, garantindo a segunda dama as devidas mordomias do cargo(carro, assessores) e direito de opinar e indicar apadrinhados para postos importantes no governo, obviamente mediante uma justa recompensa, pois ninguém trabalha de graça, muito menos um importante petista, amigona do maioral.

Foram oito anos de farra, onde políticos e administradores públicos botaram para quebrar.

Dilma recebeu a quadrilha encastelada nos principais postos do governo, demitiu alguns corruptos pegos em flagrante, mas contemporizou, reabilitando alguns, com os olhos voltados para a reeleição, pois como ela mesma disse, “em época de eleição fazemos o diabo”.

Lembro de uma piada que contaram sobre o Lula, que talvez tenha um fundo de verdade, principalmente depois que descobriu que a terra era redonda.

Durante o auge da crise mundial de 2008, numa palestra, alguém perguntou a Lula como faria para livrar o país da beira do abismo.

De pronto, o eminente palestrante respondeu: “Cumpanheiro, veje bem. Nessas hora de dificuldade é que devemos ser ousado, temos que dar um passo a frente”.

Nada como um passo a frente a beira do abismo, ou mesmo um grande salto.

Tudo indica que caminhamos para essa hecatombe, pois a eleição se aproxima e Dilma continua disparada na dianteira.

José Roberto- 13/05/13