quarta-feira, 15 de maio de 2013

HONRA ENTRE LADRÕES


HONRA ENTRE LADRÕES

Essa lenda, de que há um código de honra entre ladrões só mesmo em filmes, mesmo assim, sempre existe o traidor camuflado, o rato, aguardando para dar a rasteira nos parceiros de crime e levar a melhor.
Na vida real a situação é bem diferente.
Ladrão que confia em ladrão, vai levar direto no bundão.
Nossos ladrões e corruptos são “hors concours”, pois alem de aprontarem uns com os outros, no final sempre levam alguma vantagem, alguns com dólares na cueca, nas meias, os descarados com malas cheias, carregadas por assessores discretos(que também estão de olho na bufunfa).
Quem sempre acaba perdendo é o povo, o contribuinte brasileiro, mas esse pobre coitado já está acostumado a tomar na “tarraqueta” , levando ferro sem coragem de espernear. Parece até que gosta.
Vejam o caso de nossos políticos, alocados em partidos que mais parecem facções ou quadrilhas, com a absoluta maioria defendendo interesses próprios ou interesses escusos de terceiros, desde que lhe rendam frutos.
Dilma acreditou na lenda e se deu mal.
Loteou cargos entre corruptos, cedeu ministérios a desqualificados, fez o diabo para tentar compor uma base partidária sólida, porem, no momento das decisões chaves, onde interesses privados sobrepujam os interesses da nação, obviamente os corruptos pendem para o lado do qual poderão subtrair mais benefícios, mais grana.
De nada valem os juramentos e promessas feitas entre quatro paredes, pois corruptos e chantagistas são insaciáveis, sempre querem mais.
Se não conseguir um ótimo cargo para a ex-mulher, o político fica puto. Mais ainda se não arranjar uma colocação maravilhosa para a amante e uma empreiteira que custeie a despesas do filho bastardo.
Mais, mais, mais. Esses canalhas sempre querem mais.
Justamente o que presenciamos nessa luta insana pela aprovação da MP dos Portos.
De um lado, deputados que defendem os grupos que dominam o setor, responsáveis pelo atraso e custos estratosféricos de nossos terminais, onerando o setor produtivo, tornando nossos produtos menos competitivos no mercado mundial.
Do outro, sindicalistas, exigindo que a mão de obra dos terminais privados seja contratada por seu intermédio, aumentando conseqüentemente os custos operacionais e onerando os usuários.
De cima, ou por baixo, o governo, impotente e inoperante, ao constar que suas apostas foram em vão. Fez pacto com os demônios para ganhar o céu.
Está dando a lógica.
Raposas, não são indicadas para guardar galinheiro.
Essa reforma da Lei dos Portos, tende a sair com muitos remendos, um produto mal acabado, uma Lei Frankenstein .
Comprovando a tese de que políticos são uma caixinha de surpresa, sempre desagradáveis, até algum aqueles que considerávamos passáveis, não resiste ao “canto de Circe”.
Depois de velho, de ser durante anos um crítico contundente do governo, Afif Domingues sucumbiu a tentação, ao chamado do “phoder”, tornando-se o biônico trigésimo nono ministro da dinastia petista.
Dá para confiar nessa espécie?

José Roberto- 15/05/13


Um comentário:

  1. Zé,por nada não mas já estou com saudades dos militares,apesar de que o "compadrismo" não ser diferente,haja vista a Petrobrás,criada para prospecção do petróleo,e que virou uma imensidão de emprêsas,criadas para acomodar os filhos,noras e genros dos mesmos.Sòmente que destas vez,é pra ser diferente,com direito a paredão e tudo o mais.AbçsAndré

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