MENS SANA IN CORPORE SANO
Acabei de retornar do laboratório, onde deixei litros do meu
precioso e ralo sangue.
Acreditem! O sacana do meu clínico geral, solicitou nada
menos que 51 exames.
Terminada a sangria desatada, entreguei a eficiente
enfermeira, dois pequenos frascos contendo fluidos e resíduos corporais, os
quais foram recebidos com um certo ar de nojo.
Analisando o recipiente no qual estava entesourado ¼ de um
troço(cocô) médio, a diligente enfermeira informou que o laboratório(LABS D’OR)
mudou o método do exame de fezes. Minha pequena amostra serviria apenas para o
exame parasitológico, insistindo em me entregar um balde, onde eu deveria
depositar o total das fezes(a cagada inteira,a obra completa).
Segundo suas instruções, esse balde de merda, deveria ser
entregue o mais rapidamente possível para complementação dos exames.
Estarrecido diante dessa exigência, declinei de aceitar o
novo pote, alegando que me dava por satisfeito com o exame parasitológico.
Pensei no pobre no analista ou bioquímico, responsável por
esse precioso serviço.
Se examinar um “trocinho” já era dose, imaginem manusear uma
cagada completa.
Falhei na quinta e sexta-feira passadas, porque estou na
maratona do check-up anual.
Já que a cuca, segundo meus familiares, não anda lá essas
coisas, pois afirmam que estou a um passo da loucura, tenho que ao menos,
tentar manter estável a saúde do corpo.
Para minha idade, comparando com alguns amigos e conhecidos,
acho que até estou bem razoável. Tenho pilha para mais alguns bons anos.
O xis da questão, é que isso é o que acho e penso,
desconhecendo a verdadeira opinião de meus amigos, que por educação e
delicadeza, sempre dizem que “estamos muito bem”.
Na quinta e sexta, fiz pela primeira vez, a Cintilografia.
Antes de iniciar, uma enfermeira explicou, que pegaria um veia nas costas de uma das mãos,
por onde seria injetado o contrate radioativo, durante a primeira parte, ou
seja, durante o eletro com esforço.
Ao examinar minhas mãos a procura do melhor local para me
perfurar, não senti firmeza.
A danada meteu a agulha na posição entre o médio e o anular
e começou a futucar para todos os lados, sem conseguir acertar a veia.
Resmunguei e fiquei puto, pois doeu para caralho.
A danada alegou um pseudo entupimento da agulha, iniciando
nova sessão de tortura mais abaixo, na altura do polegar, finalmente com
sucesso.
Por estar resfriado, meu desempenho na esteira deve ter sido
bem modesto, enquanto o contraste percorria as veias do meu velho e sofrido
coração.
Depois de comer um polenguinho fornecido pela clinica e ser
instruído a tomar três copos d’água, aguardei durante uma hora. Ainda monitorado
por alguns fios, passei uns quinze minutos por um aparelho, semelhante ao de
ressonância magnética.
Na sexta foi mais simples.
Apenas me injetaram o contraste, comi o polenguinho, tomei
os três copos d’água, aguardei uma hora,
passando novamente pela maquina, dessa vez, sem a fiação peitoral.
O interessante, é que havia um banheiro especial para os
clientes inoculados com reagentes radioativos.
Dei azar de utilizar esse banheiro para descarregar meu xixi
atômico, logo após o velhinho bem perrengue, que por incapacidade, vista fraca, ou mesmo por ser ruim de
pontaria, tinha errado a latrina, largando estilhaços de merda por todos os
lados.
Foi difícil escapar, sem queimar os pés.
Ainda bem que essa “via crucis” anual está terminando,
faltando apenas o pior, o mais sofrido, temido e sempre que possível
postergado.
A consulta com o urologista, o famoso Dr. Kededo.
Vida de velho não é fácil!
José Roberto- 06/05/13
Sintomático é o pedido de "51 EXAMES", elevado à condição de número cabalístico, após o advento daquela conhecida "água que passarinho não bebe"...
ResponderExcluirLuizinho.
Zé
ResponderExcluirCom 51 exames é melhor mesmo tomar uma 51, com disse acima o Luizinho.
Lula é um dos maiores usuários desse santo remédio.
Trate de comprar vaselina importada para enfrentar o Dr. Kdedo.