segunda-feira, 25 de março de 2013

CASTELO DE CARTAS


CASTELO DE CARTAS

Quem acompanha meu blog sabe que sempre tive um pé atrás com esse almofadinha anêmico, Eike Batista.
Dizem que o cara enriqueceu, graças as informações privilegiadas que recebeu do pai, Eliezer Batista, que mapeou todo o território nacional durante o período que presidiu a então estatal, Vale do Rio Doce, entregando de bandeja ao filho, o “filé mignon” dessas prospecções, deixando obviamente a Vale e ao governo, a “carne de pescoço”.
Com essas informações no bolso do colete e com o advento do PT ao poder, Eike engajou-se a turma sequiosa pelo poder e mordomias, conseguindo dar-se muito bem, com vantagens e financiamentos a disposição, um verdadeiro “pinto no lixo”.
O BNDES escancarou-lhe as portas, financiando a juros de “compadre” todos os sonhos megalomaníacos do Branquelo, com participação societária em todos esses empreendimentos, que iam aumentando, a medida que grupo X precisasse de mais grana.
Que o cara é bom de marketing e um grande vendedor, não há dúvidas.
Divulgava aos sete ventos que pretendia construir um porto. Lançava ações desse porto de papel que era vendida com sucesso na Bolsa. O BNDES ficava com parte substancial.
Para operar o porto, criava no papel, uma firma de logística, vendendo num piscar de olhos essas cobiçadas ações. O BNDES ficava com boa parte.
Para transportar as mercadorias que circulariam pelo porto, criava no papel, uma companhia de navegação, abrindo o capital e vendendo as ações “no tapa”. Obviamente, o BNDES comprava grande parte.
Como precisava de navios, inventou no papel um estaleiro, vendendo como de costume, na maior moleza, essas ações na bolsa. Também como de costume, o BNDES adquiriu grande parte dessas ações.
Dessa forma mágica, sem praticamente produzir nada, o Sr. Eike vendia sonho e ilusões aos brasileiros, que acreditavam em seu “toque de Midas”, e com a grana do BNDES enriquecia a passos de gigante, a ponto de tornar-se um dos homens mais ricos do mundo.
O danado ainda teve o desplante de afirmar, que dentro de pouquíssimo tempo estaria no topo da lista.
Como diz o velho ditado, “não há mal que sempre dure e bem que nunca se acabe”, ventos ameaçadores começaram a assoprar em sentido contrário as empresas do Grupo X.
A crise mundial, a quebra dos bancos e as tristes lembranças dos incautos brasileiros que investiram pesado no “Boi Gordo” e noutra empresa do “Avestruz”, fizeram acender uma luz vermelha de alerta.
Bastou uma multinacional desistir de uma sociedade com Eike ,para que seu castelo começasse a desabar.
As empresas do Grupo X funcionam num sistema de “corrente”, necessitando de um fluxo continuo de grana.
Basta que se quebre um elo para o sistema fazer água e o pânico tomar conta dos investidores.
Dito e feito.
Desde o inicio de 2012 o Grupo tem apresentado perdas significativas, a ponto de apenas nestes primeiros meses do ano, duas de suas principais empresas, a OGX e a OSX perderem respectivamente 48% e 54%, de seu valor de mercado.
Eike tenta desesperadamente que o BNDES aumente suas participações nessas empresas que estão afundando, porém, com a mídia dando destaque a esses tropeços fica mais difícil ao banco estatal continuar com sua generosidade.
O desespero chegou a tal ponto, que o empresário requisitou os préstimos do Ex-melhor Presidente e do Ministro Fernando Pimental, para fazerem lobby junto ao estaleiro Jurong(Cingapura), numa tentativa de suspender as obras que já começaram no Espírito Santo, transferindo-as para o Porto de Açu, em São João da Barra-RJ.
A tentativa deu “chabu”, pois o Governador do Espírito Santo foi notificado da tentativa de rasteira, botando a boca no trombone, reclamando com Dona Dilma, com o pessoal da Jurong, inviabilizando o golpe baixo.
As perdas do Grupo X ganham corpo a cada semana, ficando difícil convencer os investidores que a situação desfavorável é passageira.
A desconfiança é o passo inicial de toda débâcle.
O castelo de cartas ou de areia, balança, balança, balança...

José Roberto- 25/03/13




2 comentários:

  1. Esse cara nunca me enganou.
    É o tipo falastrão, vendedor de sonhos e ilusões.
    Bastou uma marolinha para por em risco seu império.
    Vamos ver como a coisa vai se desenrolar.

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  2. Todo mágico tem seu truque.
    Azar quando aparece um Mister M para demonstrar que não há mágica, mas apenas ilusão.
    O pior é quando a ilusão vira desilusão e dói no bolso.

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