quinta-feira, 7 de março de 2013

A FARRA DOS EM TERRA


A FARRA DOS SEM TERRA

No meio dessa confusão, renuncia do Papa, morte do Bufão venezuelano, tem passado desapercebido o evento patrocinado pela Contag-Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, que começou na segunda em Brasília e se arrasta pela semana inteira.
Congresso patrocinado pela Contag uma pinóia, pois quem banca a boa vida desses espertalhões na capital federal é o governo, através de recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Tenho acompanhado através da edição diária do Globo Rural, as 6,00 horas da matina, a falação desses pelegos que dizem representar os homens do campo.
Com não podia deixar de ser, dezenas de delegações do MST, Movimento Campesino e assemelhados, também participam da farra, reivindicando mais benesses, mais financiamentos que jamais serão pagos e outras vantagens indecorosas.
Impressiona o tema e o teor dos discursos daqueles que se intitulam líderes dessas facções, que mais se assemelham a falanges terroristas que a associações de trabalhadores rurais.
A bem da verdade, a grande maioria desses espertalhões jamais pegou no cabo de uma enxada, não tendo a mínima noção do que seja o cultivo da terra.
São sindicalistas das periferias, que se juntam a massa de desempregados urbanos, sem qualquer qualificação, para se auto-proclamarem homens do campo, lutando por uma gleba onde possam plantar e ganhar seu sustento.
Puro jogo de cena e conversa fiada, pois esses oportunistas buscam apenas as vantagens, sem qualquer interesse em tornar as terras produtivas, vendendo-as assim que puderem, por baixo do pano, a revelia da legislação e regulamentos.
O Incra, órgão estatal que sofre de corrupção endêmica, é alheio a essas maracutaias, fingindo que não existem, ou com seu funcionários participando diretamente das negociatas.
Em comemoração ao evento que se realiza em Brasília, grupos de sem terra, invadiram essa semana, três fazendas produtoras de eucaliptos no sul da Bahia, na região próxima a Caravelas e Texeira de Freitas.
Esses bandidos, depois de devastarem parte da plantação, exigirem cestas básicas, retiram-se para seus redutos com ônibus fornecidos pelas prefeituras locais.
Nossa reforma agrária é um engodo, uma embromação para enganar o povo e a opinião pública mundial.
Grande parte das terras desapropriadas são impróprias para o cultivo, pagas a preços superfaturados a políticos, ou a cupinchas dos que detém o poder.
Esses pseudos agricultores, com terra ruim, sem assistência técnica e com verbas minguadas, são fadados a viver na miséria, daí o êxodo, e o insucesso de nossas políticas agrárias.
Recente levantamento feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social, comprovou, que 36% das famílias assentadas nos 8.500 assentamentos existentes no país, ou seja, 340 mil famílias, dependem do Bolsa Família para sobreviver, não conseguindo tirar da terra, o necessário sustento.
Para esses miseráveis agricultores, é mais vantajoso arranjar um novo filho a cada ano, que dedicar-se ao cultivo de solo.
Um novo rebento é a promessa de uma verba extra, garantindo mais uns quilos de farinha a ser adicionada à água do feijão.
Nossa reforma agrária ao invés de aumentar a produção está aumentando a população.
Coisas do nosso querido Brasil.

José Roberto- 07/03/13


2 comentários:

  1. Esse levantamento de usuários do bolsa familia, revela que os assentamento não vingaram,
    Para sobreviver necessitam da ajuda do governo, pois o reforma agrária beneficia a poucos, conforme você bem explica no texto.

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  2. Com dinheiro público e facil fazer seminários, congressos, reuniões, inclusive invadir e destruir fazendas produtivas, pois amparados pelo governo, tem a certeza da impunidade.
    Sem terra, sem vergonha!!!

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