terça-feira, 14 de agosto de 2012

QUOTAS DA IGNORÂNCIA


QUOTAS DA IGNORÂNCIA



Nosso Senado, dando mais uma vez prova cabal de que não serve para nada, quando se mete a fazer alguma coisa, acaba fazendo besteira grossa.

Sarney e sua turma, acabaram de aprovar com apenas um voto contrário(Aloysio Nunes Ferreira- S.P), o sistema que reserva 50% das vagas das universidades federais, para alunos que fizeram ensino médio em escolas públicas, afro-descendente e índios.

Essa medida arbitrária e discricionária, já está sendo copiada por universidades estaduais, principalmente em estados sob comando petista, com resultados previsíveis e desastrosos a médio e longo prazo.

As escolas federais e estaduais, sempre primaram por fornecer ao mercado bons profissionais, médicos, engenheiros, economistas, dentistas, etecetera e tal, pois contavam com um contingente de alunos capacitados, que estudaram com afinco, tendo sucesso em concorridos vestibulares.

De repente, essas universidades serão tomadas por alunos sem embasamento necessário, para acompanhar o desenvolvimento e aprendizagem dos cursos, nos quais ingressaram sem possuir os méritos para tal, favorecidos por uma lei capenga, que produzirá resultados nefastos ao país.

O problema crônico do ensino no Brasil, deve-se a baixa qualidade do nosso ensino básico e médio, principalmente na rede publica, com professores pessimamente remunerados e mal preparados, alunos que são empurrados ano a ano, concluindo os cursos sem saberem escrever, interpretar um texto ou  fazer as quatro operações básicas da matemática.

Essa malta de milhares de alunos, analfabetos funcionais, oriundos dessas escolas, concorrerá em condições excepcionais, com demais alunos que lutam e se esforçam por um lugar ao sol, sendo superados por incompetentes que largam com muita vantagem.

Quando escutamos a todo momento, que existe no Brasil uma carência enorme de mão de obra especializada, não temos esperança de que justamente esse pessoal, mesmo saindo das universidades com diplomas nas mãos, terá condições de suprir essas lacunas.

Serão profissionais de segunda ou terceira categoria, que se submetidos a um exame de ordem para exercer a profissão, provavelmente serão reprovados, transformando-se em mão de obra barata, aviltadores do mercado de trabalho.

No ranking educacional, que avalia o desempenho escolar em 59 países, ocupamos vergonhosamente o 54(qüinquagésimo quarto) lugar.

Com essas medidas estúpidas, caminhamos a passos rápidos para a “lanterna”, na contramão da história, de um país que jamais precisou de favores para ter um Rui Barbosa, filho legitimo da miscigenação do nosso povo.

O sistema obrigatório de quotas, viola dos direitos básicos constitucionais da igualdade, criando uma “casta inferior”, que sem condições intelectuais de concorrer em igualdade de condições com seus pares, necessita de favores especiais para conseguir a necessária equiparação.

Um vergonha para os brasileiros, um sinal e reconhecimento de submissão.

Dona Dilma ainda tem tempo de corrigir essa aberração, não sancionando esse Decreto, modificando-o, adaptando-o para as reais necessidades do país e de um mundo moderno e competitivo.



José Roberto- 14/08/12

4 comentários:


  1. Concordo integralmente com seu texto.
    Essa lei de quotas é uma afronta e desrespeito a igualdade de todos os brasileiros.
    Ao invés de atacarem o problema, inventam uma solução alternativa absurda.

    ResponderExcluir
  2. Ao invés de melhorar o ensino básico, pagamento melhor os professores, os politicos preferem inventar metodos discrimitórios, que só irá piorar a qualidade de nossos profissionais, criando ainda um sistema injusto de acesso a educação.
    Todos perdem com esse sistema imbecil.

    ResponderExcluir
  3. Melhorem os professores e as escolas, aí os alunos serão verdadeiramente alfabetizados.
    Pobre de um país que não valoriza seus mestres, fadando a juventude e o futuro a eterna ignorância.

    ResponderExcluir
  4. É simplesmente inadmissível, que o Brasil pretenda competir com os países emergentes, entregando diplomas universitários que poderiam ser classificado como “analfabetos”, em países onde a educação é à base de todo o desenvolvimento. O governo está agindo justamente na contramão dos demais países do bloco econômico BRICS – Brasil-Rússia-Índia-China-Africa do Sul. O ingresso via cotas nas universidades, sem sanar as deficiências do ensino de base, representa construir um edifício com um alicerce fraco. O Brasil está passando por uma invasão de profissionais qualificados de todas as partes do mundo, tomando lugares de profissionais brasileiros que ainda não conseguiram uma boa qualificação. Resta esperar que alguém na “Ilha da Fantasia” acorde ainda em tempo de modificar a situação, que poderá ser desastrosa nos próximos anos.

    ResponderExcluir