segunda-feira, 13 de agosto de 2012

PREVISÕES OLÍMPICAS


PREVISÕES OLÍMPICAS



Em matéria de palpites e previsões sou um verdadeiro fiasco.

Acabo sempre traído pela minha língua comprida e descontrolada, que insiste em falar antes de pensar.

Obviamente, afloram asneiras aos borbotões, o que me leva a pensar nos milhares de ditados sobre a verdadeira sabedoria,  “ouvir mais e falar menos; a palavra é prata, o silêncio ouro; em boca fechada não entra mosquito”, e outras similares.

O problema é que penso sempre depois que falei ou escrevi a besteirada toda, aí já é tarde.

Errei redondamente ao afirmar que nossas seleções de vôlei não tinham a menor chance de chegar a final, que devíamos buscar novos valores, aposentando definitivamente Giba, Fernandão e até mesmo o técnico Bernardinho, que já havia encerrado seu ciclo vitorioso.

A mulheres me surpreenderam, principalmente depois do primeiro set horroroso, contra as favoritas americanas.

Ameacei desligar a TV, mas optei por ficar sofrendo. Para meu espanto e de todos os brasileiros o desastre anunciado transformou-se numa vitória retumbante, com Jaqueline( gostosinha, mas bem ruinzinha em quadra) dando um show de bola.

Com os marmanjos também errei, pois apostava que não ganhariam nem medalha de lata, porem errei duas vezes.

Depois de dois sets maravilhosos, num terceiro mais difícil, quando estava 21 a 19 para o Brasil, eis que recebo uma ligação do meu amigo Luiz, o bicão, me convidando para uma partida de tênis.

Respondi que desceria em cinco minutos, logo após o Brasil fechar a terceira partida, que já estava na reta final.

Boca maldita que prevê tudo ao contrário.

Quando já contava com o ovo no fiofó da galinha, eis que um cossacão russo, de 2,18 m, começa a nos encher de porrada, intimidando nossa rapaziada.

Quando estávamos perto de meter a mão no ouro, eis que o cossaco Muserskiy se interpõe em nosso caminho.

Ao invés dos russos, fomos nós que botamos o cossaco, digo o rabo entre as pernas e saímos cabisbaixos com a prata.

A máxima para os brasileiros, que vice não vale nada, se aplica mais que nunca a essa dura lição, que veio “Fron Russia with love”.

No nosso vôlei, faltou o James Bond tupiniquim para ferrar os cossacos.

No futebol, era certo que daria o México, depois de termos garfado a turma de olhinhos apertados da Coréia do Sul.

Surpresa foi esse tal de Zanetti, parente do meu amigo Vanderlei, e que desconhecia totalmente, pois em nosso atletismo, famosos apenas as “irmãs Hypólito”(segundo Agamenon), que deram vexame duplo, junto com aquela que não gosta da vara, Fabiana Murer, refugando na hora agá.

Zanetti provou que finalmente somos bons na argola, sendo o primeiro ginasta sulamericano a ganhar ouro numa prova olímpica, de ginástica artística.

Acabou o sofrimento e cheguei a conclusão, de que sou o vidente ao contrário.

O pobre coitado que tem o azar de receber minha torcida, acaba sempre levando ferro.

Pela mostra que tivemos na festa de encerramento, aquilo que temia tende a acontecer.

Nossa festa de abertura em 2016, será o velho e batido clichê , samba, mulatas e futebol.

Espero de coração, como de costume, que essa previsão esteja totalmente equivocada.



José Roberto- 13/08/12

3 comentários:


  1. Não que você seja linguarudo, mas as vezes é um tanto exagerado.
    Um pouco de cautela e caldo de feijão, não faz mal a ninguem.
    Vá com mais calma.

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  2. comigo acontece igual, qualquer time ou pessoa que eu venha á torcer pró, acaba predendo. azar disgraçado esse meu.

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  3. O que era previsível é que o Brasil, no ranking das medalhas, não conseguiria muitas. Ficou com somente 17, sendo 3 de ouro. Muito pouco tendo em vista uma despesa de 7,7 milhões. O COB tem investido muito, ou quase nada, nos esportes individuais e é por aí que chegam as medalhas.Portanto, Como o Brasil pretende estar entre os dez primeiros em 2016 tem que investir muito mais nos esportes individuais. O meu "parente" Zanetti praticamente fez tudo sozinho e com muito pouco apoio do COB. Acho que os organizadores e administradores do COB ganham muito mais que os próprios atletas. Coisas do Brasil.

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