quarta-feira, 3 de junho de 2009

DIA MUNDIAL SEM TABACO

Só faltava essa.
Os boiolas ecologicamente corretos e os enrustidos que cultuam academias, preocupadíssimos com o físico(raspam pelos do peito, das pernas, do fiofó), deram para implicar com aqueles que gostam de dar uma “pitadinha”.
Inventaram a frescura mor, que no próximo dia trinta e um, domingo, será comemorado o dia mundial sem tabaco.
Sem tabaco uma ova.
De pirraça vou fumar em dobro.
Ao invés dos três charutos diários vou queimar no mínimo seis. E dos grandes!
Estamos cansados de saber que o fumo é prejudicial a saúde, em especial os cigarros, que contem um bocado de química, tanto no papel como no próprio fumo, que recebe tratamento especial.
Os charutos são mais inofensivos, pois os bons são feitos exclusivamente da folha de tabaco, sem misturas ou outras adições.
Como a fumaça aspirada do charuto não deve ser tragada, causa menos males, quando muito, câncer na língua ou no estômago, a longo prazo.
No meu caso, alem do prazer proporcionado, os charutos têm grande valor terapêutico, pois a nicotina e o alcatrão que desprendem, inibem o aparecimento das indesejáveis e frequentes aftas, um mal de família, somente eliminado com esse agradável vício.
Adquiri o hábito por orientação médica(do mano, especialista em gado) há mais de trinta anos, vício que melhorou de forma significativa minha qualidade de vida, pois o desconforto das contínuas aftas desapareceu, permitindo a aposentadoria do estoque de remédios e bochechos, que pouco amenizavam meu sofrimento.
Nos check-up que faço anualmente, tanto o pulmão com minhas partes internas estão nos trinques, tudo dentro da mais perfeita normalidade.
Ao longo dos anos, esse hábito “saudável” só têm trazido alegrias, menos para o bolso, pois os charutos estão custando uma nota preta.
Atualmente os fumantes tem sido marginalizados, olhados de viés como verdadeiros párias.
Estamos proibidos de fumar nos bares e restaurantes, apenas em áreas abertas, com muitas restrições.
Seguindo essa tendência equivocada, diversas empresas estão eliminando os fumódromos, impedindo o pleno desempenho e reduzindo a capacidade criativa de seus funcionários, que necessitam da nicotina para estimular os neurônios e saciar os desejos.
Isso sim é discriminação!
Ao invés da imbecilidade de criar quotas para negros, índios e derivados, cujo efeito será justamente o inverso do desejado, gerando um grave problema numa situação que hoje é de normalidade, deveriam ser criadas quotas para fumantes, em especial para os charuteiros, esses sim os perseguidos pela nossa obtusa sociedade.
O Rio que sempre primou por ser uma cidade liberal, alegre, permitindo a harmoniosa convivência entre “nativos” e aqueles que aqui procuram o aconchegante abrigo, jamais deveria pensar em copiar medidas paulistas, implantadas na marra pelo “azedo” e mal humorado José Serra, perseguindo os fumantes.
Na terra que acolheu Gabeira como filho amado e muitos outros que adoram uma fumacê, restringir o uso do tabaco seria o mesmo que tolher as liberdades individuais e o direito de livre escolha.
Aqui vai o meu grito de protesto.
Fumo porque quero, porque gosto, porque me dá prazer, porque me propicia uma vida melhor.
Um grande abraço a todos os fumantes, renegados por essa sociedade diet.
Aquele que não têm pequenos vícios é um chato.
José Roberto- 29/05/09

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