terça-feira, 23 de junho de 2009

A CANÇÃO DA MULHER

A CANÇÃO DA MULHER

Lembrando o dia dos namorados, aproveitei para reler um pps enviado por minha mulher, contendo uma bela crônica extraída de um livro de Lya Luft.
Como sou avesso a livros de auto ajuda e pelo que me consta, essa escritora transita por essa área, nunca havia lido nada de sua autoria.
Mas há sempre uma primeira vez.
Pelo menos nesse texto, ela exprime de forma gentil e suave o verdadeiro sentimento das mulheres, suas necessidades íntimas, a forma de como querem ser entendidas e amadas ao longo de uma vida a dois(mesmo depois dos frutos).
Sei, que quando minha mulher me encaminhou o email com alguns comentários, esperava um retorno.
Como de costume, li, achei interessante e fiquei na minha.
Por preguiça, inibição, ou outro motivo qualquer, deixamos de dizer algumas frases que poderiam trazer um pouco de ânimo e alegria para aquela pessoa especial que nos atura há tanto tempo.
Refletindo melhor, percebemos que nosso machismo nos impede muitas vezes de sermos mais ternos, mais suaves.
Uma grande estupidez, puro egoísmo.
Voltando ao texto, denominado “ A Canção da Mulher”, que se enquadra perfeitamente no meu caso, ou seja, de casais que já têm um bom tempo de estrada, percebemos que em seu desabafo, a escritora nos dá um puxão de orelhas, pois deixamos de enxergar o óbvio, sob o pretexto da nossa pretensa racionalidade.
É lógico que as coisas hoje são bem diferentes, mas para aqueles de minha época o casamento era um marco importante, um divisor de águas, alem de ser para toda a vida.
Nos primeiros anos, ainda na fase de descobrimentos, sempre ansiávamos por mais. Era difícil aceitar que as mulheres no geral, são mais recatadas que os homens.
Não conseguíamos penetrar no universo feminino para entender o motivos de lágrimas extemporâneas, de sorrisos enviesados e humores que julgávamos inadequados para o momento.
Faltava maturidade para entender o porque das perguntas constantes, das dúvidas, do medo, da insegurança, naturais da personalidade da mulher, muito mais sensível e com uma acuidade exacerbada que vai alem da flor da pele.
Com a passagem dos anos muitos apenas envelhecem, sem conseguir aproveitar as lições e exemplos que a vida oferece, continuando firmes em sua obtusidade.
Porem, enquanto nosso cérebro ainda estiver funcionando, sempre haverá tempo para um exame de consciência, para revermos posições e posturas fundamentadas em tradições arcaicas que há muito perderam a razão de ser.
Chegou a hora de nos tornarmos mais sensíveis, mais dóceis, mais humanos.
Sortudos aqueles que conseguiram lapidar seus corações, pulverizando a casca grossa do machismo para que pudesse aflorar sentimentos mais puros, nobres e verdadeiros, como a compreensão, o entendimento e a sensibilidade, vigas mestras do verdadeiro amor.
Então poderíamos reler e entender plenamente o belo conteúdo da “Canção da Mulher”.

José Roberto- 23/06/09

4 comentários:

  1. Muito Bom! Melhor ler um assunto importante que fala dos nossos sentimentos, do que sobre a patifaria que ocorre em Brasília, nossa ilha da Fantasia.

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  2. É bom ver que alem de falar sobre política, você, zé, também tem um pouco de sensibilidade.

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  3. É isso aí Zé!
    Nunca é tarde para se lapidar.
    Keep Walking!

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  4. Caro Zé
    É muito bom vê-lo tocado pelo romantismo.
    Devemos nos esforçar para entender essas coisas tão complicadas, mas indispensáveis para nossa vida.
    Viva as mulheres!!!

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