terça-feira, 9 de junho de 2009

ACIDENTES AÉREOS

ACIDENTES AÉREOS
As estatísticas comprovam que o avião é o meio mais seguro de locomoção, todavia, qualquer acidente, mesmo que seja com um aviãozinho qualquer, causa grande impacto sobre a mídia e a população.
A queda de um teco-teco que nunca recebeu manutenção, lá nos cafundó do Judas, merece destaque nos jornais, enquanto carros, ônibus, caminhões, que matam centenas de pessoas por dia em nossas estradas esburacadas, são notícias corriqueiras.
O recente acidente com o jato da Air France foi uma dessas tragédias que abalou Brasil e França, pois muitas vidas foram ceifadas de forma prematura, conforme os desígnios de Deus, ou como preferem alguns, pela ironia do destino.
As causas dessa terrível catástrofe em alto mar, em profundidades abissais, levará muito tempo para ser desvendada.
Respeitando a dor das famílias enlutadas, percebemos que a imprensa e as redes de televisão abusam da nossa paciência, batendo na mesma tecla, apesar da falta de notícias consistentes.
Repetem a exaustão entrevistas com experts, que elocubram a mais estapafúrdias teorias. Nos saturam com flashes dos familiares, desesperados com a dor estampada nas faces, pelas perdas irreparáveis.
Em busca de audiência e aumento das vendas, a mídia é impiedosa, explorando sem piedade as fraquezas humanas.
Um comentário que escutei dias atrás chamou minha atenção para o drama dos passageiros nos momentos cruciais, em especial de um menino de onze anos que viajava desacompanhado.
Viajar nessa idade sem pais ou parentes próximos é muito desagradável, ainda mais numa viajem internacional de longa duração.
Com uma identificação pendurada no pescoço, esse menino entregue aos cuidados da tripulação, deve ter ocupado uma das primeiras filas da classe em que viajava.
Será que nos minutos e segundos que precederam a tragédia, teve alguém a seu lado para ao menos lhe segurar as mãos?
Será que alguma aeromoça ou comissário de bordo, chegou a perceber a terrível aflição desse menino indefeso e desacompanhado?
Essas questões deve angustiar o coração despedaçado dos pais, que distantes, receberam a pior e mais trágica notícia.
Mas cá entre nós, tenho certeza absoluta do que ocorreu nos momentos finais.
Jesus, que há muito tempo disse: "vinde à mim as criancinhas" não permitiria que no difícil momento da passagem, esse jovenzinho ficasse apavorado.
Antecipando-se ao ocorrido, deve ter destacado um anjo da guarda de sua inteira confiança, para cobrir os olhos do menino, aconchegá-lo em seus braços, acalentá-lo até que conseguisse dormir.
Após alguns dias, o oceano começa a devolver os corpos mutilados que vão sendo recolhidos aos poucos e a duras penas, com grande empenho de nossa marinha e aeronáutica.
Caso o franzino corpo seja resgatado, sua indentificação será a mais fácil, graças ao sorriso sereno e tranquílo estampado em sua face.
José Roberto- 11/06/09.

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