terça-feira, 7 de março de 2023

QUEM PODE, PHODE!

 

QUEM PODE, PHODE!

 

Não quero falar mal de ninguém, pois estou numa fase light, escrevendo textos leves(hummm), narrando acontecimentos já martelados pela mídia, de um forma menos agressiva, pois uma das resoluções que tomei para o corrente ano, é  tentar ser um homem mais educado, libertando dos meus vícios de moleque de rua, para encerrar minha carreira com um velho gentleman.

Já devem ter notado, que até os políticos estrou tratando com condescendência, mesmo os velhos conhecidos corruptos, que continuam roubando, pois é a única coisa que sabem fazer e fazem direitinho. Quase todos aprenderam o tortuoso ofício com os pais, pois em nossa Terra, é dever de ofício que políticos sejam “sócios” do dinheiro público e eles não se fazem de rogados, metendo a mão na bufunfa com gosto.

Sabemos também que em nosso maravilhoso país, todos que estão “por cima da carne seca” gostam de levar vantagens, desde o funcionário público dando expediente no atendimento, até os chefões, e assim sucessivamente, pois até para carimbar um documento, receber um protocolo, dependemos da boa vontade do barnabé.

No geral, para que a coisa ande, o acelerador é um agrado, no caso sempre um presentinho, variando de valor, tamanho e peso, conforme o grau  de importância do agraciado.

Fiz toda essa grande introdução para tocar num assunto delicado, que algumas vezes quixotescamente mencionei no passado. Ouso voltar ao tema, por ter sido objeto de uma reportagem central do Estadão, jornal que durante anos só puxou o saco de autoridades, principalmente do judiciário, focando apenas em criticar o governo do então Presidente Bolsonaro.

‘Empresas com causas de 158 bilhões, patrocinam eventos para magistrados”. Esse é o título da reportagem, detalhando as mordomias oferecidas a juízes, desembargadores e ministros, convidados a participar de um evento promovido pela ANAB- Associação Nacional das Administradoras de Benefícios, que por acaso, move uma ação no STJ contra a ANS-Agência Nacional de Saúde, contestando um rol de procedimentos, que a Agência está exigindo cobertura obrigatória dos Planos de Saúde.

Obviamente essas novas obrigações, vão reduzir os gordos lucros dos Planos, que através de sua Associação, tentam barrar essa iniciativa.

Sem segundas intenções (mas com terceiras e quartas), a ANAB, gentilmente convidou juízes de todas as instâncias que podem “palpitar” sobre o incomodo assunto, para um “meeting social” em Salvador, realizado em Hotel 5 estrelas, com tudo pago e talvez até pagando uns extras para alguns dos convidados que se disponham a proferir palestras, noves fora “otras cositas” disponíveis na simpática capital baiana.

Apesar desses convites oportunistas serem do conhecimento de todos que acompanham os noticiários, principalmente dos eventos realizados em Portugal por uma faculdade de Brasília, o enfoque dado pelo Estadão ao presente caso repercutiu na mídia, causando constrangimento aos participantes do simpático evento, talvez estranhando o fogo amigo.

Deixo claro, a quem interessar possa, que apenas toquei nesse delicado assunto porque sou usuário de Plano de Saúde, que cada vez mais causam dificuldades para aprovar exames mais específicos, não tendo vergonha de aumentar exorbitantemente suas mensalidades.

Encerro, lamentando não ser convidado para eventos 0800 e se toco no assunto, no presente caso é por interesse, ou pura inveja.

 

José Roberto- 07/03/23

 

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