quinta-feira, 25 de novembro de 2021

SEM ASSUNTO, DIVAGANDO


                                                             FOTO COM TODOS O IRMÃOS


SEM ASSUNTO, DIVAGANDO

 

Tentando manter a promessa que fiz a eu mesmo, para manter a cuca arejada, sentei o rabo diante do computar e comecei a escrever, para ao menos encher linguiça, pois hoje não estou com saco para tratar de assuntos políticos.

Gostaria mesmo é de escrever sobre sacanagens legítimas, das boas, relembrando passagens dos meus bons tempos de adolescente e da faculdade, mas fico preocupado com a censura caseira e ao menos hoje, vou sair pela tangente, evitando represálias.

Noto que em minha família os homens tem uma característica semelhante, somos meio “bananas”,  talvez com exceção do mano caçula, que já casou quase uma meia dúzia de vezes.

Quem nos conhece, sabe que desde meninos nunca fugimos de uma encrenca, sendo eu provavelmente o mais criador de casos e brigão, obviamente arrastando os demais nos eventuais arranca-rabos, pois sempre fomos unidos e todos sabiam, que mexer com um, significava mexer com todos.

Assim sendo, nos tempos saudosos de nossa juventude, na Usina Monte Alegre, em Piracicaba, éramos bastante respeitados, a ponto de ninguem ousar bater em meu grande amigo Panaia, o maior provocador que conheci, conseguia encher o saco de todos(até o meu), escapando de levar alguns cascudos por nossa reconhecida amizade.

E assim crescemos, casamos, constituímos famílias, cada um seguiu seu rumo, embora continuássemos não aceitando agressões gratuitas e sempre dando o troco, tanto no trabalho com na vida privada, nossas mulheres sempre tiveram participação ativa em nossas decisões, em alguns casos chegando a ser preponderante.

Eu talvez seja o exemplo mais expressivo dessa nossa maneira de ser, pois apesar de velho continuo metido e invocado, criando caso com caixas de supermercado, criticando fregueses que provam frutas descaradamente, defendendo pessoas indefesas principalmente mulheres, do assédio de pedintes de esmolas agressivos, nas portas de farmácias e agências bancárias, chegando ao cumulo de tentar jogar meu carro em cima de um trombadão que tinha acabado de roubar o celular de uma menina.

Não sou covarde a ponto de ver alguém indefeso, ser espezinhado sem reagir, embora saiba os riscos que isso possa acarretar.

Até no prédio onde sou síndico há muitos anos, o pessoal sabe que sou de pavio curto, pois nas assembleias me esforço para ficar calmo, não perder a esportiva, mas sempre tem uma danada duma velha encardida que me tira do sério.

Mas em casa as coisas não são bem assim.

No lar, sou o poder moderador.

Sou eu que faço as compras, que acerto o menu com a empregada, que resolvo qualquer problema de salário, de folgas, faltas, adiantamentos, ficando Dona Regina na retaguarda, por ser mais firme  e para evitar problemas maiores, pois detesta entrar na cozinha, preferindo que eu conduza as negociações.

O mesmo acontece nas picuinhas domésticas, pois sempre termino recuando e dando o braço a torcer, sabendo que a patroa e tinhosa e tem gênio forte; e assim meus amigos pensam que sou um moleirão, quando na realidade sou um apaziguador, responsável pela felicidade conjugal que já dura mais de 52 anos.

Cacete. Acho que sou um santo. 52 anos!(eheheheh)

Espero que os manos não fiquem bravos com minhas assertivas, que podem ou não ser verdadeiras e aos quais reitero minhas saudades.

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 25/11/21

 

 

 


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