quinta-feira, 11 de novembro de 2021

POBRE SÉRGIO MORO


 

POBRE SÉRGIO MORO

 

Pelo pouco que vi, Sérgio Moro melhorou um pouquinho sua fala, deve ter sido bem treinado, embora nunca será um bom orador, com aquela voz meio fanha e chata, que alguns comediantes imitam muito bem.

O desconfiômetro do ex-juiz anda meio baixo, pois essa ousadia de tentar se apresentar como uma “Terceira Via”, não passa de um sonho desvairado de alguém que até poderia ter alguma chance na política, mas “cagou no pau” ao sair atirando do governo, para o qual fez de tudo para entrar.

Moro, após alcançar fama pela sua ótima atuação no Lava-Jato, picado pela mosca azul, começou a errar em suas escolhas, inflando o ego, olhando-se no espelho e se achando o tal, viajando pelo país e exterior sendo homenageado por sua coragem, acreditando que poderia encetar voos mais longos.

Cometeu um grave erro ao pleitear e aceitar o cargo de Ministro da Justiça, pois apesar de bom conhecimento técnico, não tinha qualquer jogo de cintura. Em qualquer cargo do governo, principalmente nos mais importantes, a principal exigência é a habilidade em se relacionar com congressistas pidões e geralmente com muita “culpa no cartório”.

Entrou cheio de gás, com rompantes de mudanças estratégicas, esquecendo que dependia do legislativo para emplacar as alterações que desejava efetuar em nossa legislação, tentando num primeiro momento, endurecer as leis no combate a corrupção.

Consternado, viu suas propostas caírem por terra, ou serem  mutiladas por adendos e inserções de jabutis, deformando seu teor, pois nossos “bons políticos” são malandros e evitam tiros no pé.

Talvez cansado e constatando que não detinha os poderes que pensava, perdeu o interesse e saiu do governo abrindo o bico, dando uma de delator barato, dedo duro, alcaguete, perdendo de imediato todo e qualquer resquício de respeito e admiração que desfrutava diante da população.

Submergiu num semi-ostracismo, acompanhando o suspeito e tendencioso STF desfazer todo seu bom trabalho a frente do Lava-Jato, encerrando um ciclo de esperança, onde chegamos a pensar que a justiça era igual para todos.

Difícil entender a mente humana, principalmente daqueles que se julgam mais espertos, superiores, que mesmo levando trancos e com suas insignificâncias demonstradas, tentam insistentemente voltar a ribalta.

Moro se enquadra perfeitamente nesse perfil, pois ao entrar para o PODEMOS(talvez com PH), pensando em concorrer a Presidência da República, apresentando-se com um virtuoso, que por seus atos demonstrou não ser, deixando de levar em conta que o brasileiro detesta traíras e alcaguetes, se expõe a levar um novo chute nos fundilhos.

Não tem e não terá a mínima chance. Página virada, “descartada do nosso folhetim...”

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 11/11/21

 

3 comentários:

  1. Excelente o seu texto sobre o Moro. A justiça era o lugar dele ficar e crescer dentro até ter a verdadeira chance de fazer parte do STF. Ao jogar fora o cargo de juiz na "Republica de Curitiba" ele deu um basta na sua brilhante carreira de juiz e deixou a Lava Jato sem pai. Daí para frente a Lava Jato não foi mais a mesma coisa, e está do jeito que está nos "finalmentes", muito por causa dele. Nunca teve experiência política e o que teve foi a ambição de chegar ao STF. Escolheu o caminho errado. E pior ainda, desconheceu que nas entranhas do poder político, principalmente no congresso, os interesses pessoais, os jogos de influência e o dinheiro $$$$$ falam mais alto que o bem comum da população. Se for candidato ao senado, minúsculo mesmo, acho que até terá alguma chance.

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  2. Caro Vandeco
    Acho que só terá alguma chance se candidatar para deputado federal.
    abcs
    ggima

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