segunda-feira, 8 de novembro de 2021

O SOPÃO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS


 

O SOPÃO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

 

Se alguém como eu, que não tem muito o que fazer, se dispor a gastar um pouco do seu tempo ao invés de ficar coçando o saco,  realizando uma pequena exploração dos anais(sem duplo sentido) da ABL, constata, que ao longo do tempo, nossa Academia de Letras sempre foi um “sopão”, uma mistura da nata de nossos escritores, com figuras cujos feitos nada tem a ver com a literatura.

Voltando ao passado, verificamos que pessoas pitorescas e até importantes em nossa história, integraram o “seleto” corpo de acadêmicos, dentre os quais destaco Santos Dumont, Getúlio Vargas, General Lira Tavares, Marco Maciel, Ivo Pitanguy e Roberto Marinho.

Sem dúvidas, personagens de destaque em seu tempo e em suas especialidades, mas que nada acrescentaram a nossa língua e literatura. Escolhas muito mais políticas que literárias.

Existe também a grupo de escritores meia boca, que escreveram e alguns ainda escrevem, drogas, obras que ninguém lê, como José Sarney; ou que fazem sucesso com porcarias como Paulo Coelho; e até mesmo Merval Pereira, especialista em palestras para empresas do governo, ganhando uma baba, sempre a favor dos que o contrataram.

Nada a estranhar quanto a “nomeação” de Fernanda Montenegro, para o reduto da ABL, pois sem dúvida uma das maiores artistas do teatro e TV da atualidade, mas que eu saiba, para ocupar o cargo, escreveu apenas um livro a quatro mãos, com  a jornalista Marta Goes, “Prólogo, Ato, Epílogo”, outro que também ninguém leu.

Apesar da mídia ter achado o máximo a escolha de Fernanda Montenegro para ocupar a cadeira n. 17, cujo patrono é o poeta Osório Duque-Estrada, autor da letra do Hino Nacional Brasileiro, sucedendo a Afonso Arinos, que anos antes lhe havia sugerido para escrever um livro, o que fez, vindo ocupar justamente a cadeira de seu mentor, conforme dito em suas declarações:

“Lembro que cruzava com Afonso Arinos algumas vezes, uma figura elegante e referencial, e ele sempre me dizia: Fernanda, entre na Academia. Eu respondia; Mas eu? Sou só uma atriz, não tenho livro. Ele insistia. Escreva um livro e entre na Academia! Agora veja esse milagre, a Academia me aceita e ele me antecede. Vá explicar um milagre desses”.

Recebeu 32 dos 35 votos dos imortais da ABL.

Todavia, os verdadeiros escritores, os que são do ramo, os que não são puxa-sacos, não gostaram nenhum pouquinho dessa indicação, tentando descobrir quais os méritos literários da atriz.

O jornalista Fernando Jorge, autor do livro “Academia do Fardão e da Confusâo”, onde discorre sobre essas incongruências que ocorreram e ainda ocorrem na ABL, criticou duramente essa nova derrapada, pois sua xará e sem dúvida uma grande atriz, porem nada a ver como escritora.

Chegamos a conclusão, que até na ABL prevalece a política em detrimento do mérito, o que prova que realmente não somos um país sério.

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 08/11/21

 

 

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