quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

BAIXANDO A BOLA

BAIXANDO A BOLA

 

Deixaram a bola correr e o STF está demonstrando, por palavras e atos, que é o poder que manda no país.

O Executivo tenta, mas não consegue driblar a dura marcação de “suas excelências”, que não pestanejam em cancelar MPs e dar ordens com data e hora marcada aos ministros, especialmente ao pobre do Pazuello, “único responsável pela falta de vacinas e pelo surgimento das novas cepas da Covid e por tudo mais de ruim que vier acontecer”.

Os Lambões vão tomando gosto e passam a interferir diretamente em todos os assuntos, enquanto deixam milhares de processos mofando nos arquivos do STF, até caducar, principalmente os de tradicionais políticos corruptos, como Romero Jucá, Renan Calheiros, Jader Barbalho, dentre outros graúdos que sabem das coisas e das mutretas dos altos poderes.

Aqueles que poderiam por um freio nessa ânsia de poder e preferência por vinhos finos, lagostas e camarões, permanecem silentes, com o rabo entre as pernas, não ousando desagradar seus possíveis julgadores.

Ficam quietinhos enquanto os processos vão sendo arquivados por decurso de prazo.

Com força total, face a inanição do Senado, os “doutores da lei” estão com a corda toda, abrindo processos, julgando e prendendo aqueles que ousam atacar suas posturas ditatoriais, sob alegações diversas, inclusive Segurança Nacional.

Estão encanando adoidado quem pega pesado e fala mal dos senhores ministros, e eu, bocudo, falador, mas que não sou bobo, de ora em diante me esforçarei para ser mais delicado com “suas excelências”, pois como dizia um sábio amigo meu: “quem tem cu, tem medo”.

Aos maledicentes, esclareço que meu “pavilhão retofuricular” é muito bem cuidado e preservado, utilizado apenas para as três (ou mais) cagadas diárias. Prefiro esquecer as temerárias e humilhantes  invasões anuais(com duplo sentido), perpetradas sadicamente por ocasião da consulta com o temido Dr. Kededo.

Preciso ser mais cuidadoso, tentando buscar algum resquício de juízo em minha mente cansada, evitando escrever o que devia, mas não devia, pois a qualquer momento pode dar merda, da grossa.

Se bem que ainda conto com algumas válvulas de escape, pois com quase 76 no lombo, meus advogados e médicos(amigos) poderão alegar confusão mental, demência, ou inicio de Alzeihmer, livrando-me da cana, mas talvez não de um asilo.

Preciso mesmo baixar o tom.

Vou tentar, mas “qui ló sa”?

 

José Roberto- 18/02/21

 

 

 

4 comentários:

  1. bom dia sinceramente somos um pais de merda mesmo!!!
    infelizmente sabemos ler, se não iriamos viver bem melhor, como um pais como o nosso, consegue chegar na lama e ficamos mudos e estacionados !!!!
    não podemos reclamar de nada a culpa é nossa mesmo não é de mais ninguém !!!!!

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  2. Se o povo não sair às ruas as coisas continuarão como sempre esteve. O STF "governando" sem ter tido nenhum voto. Se eles quiserem transformam o Brasil numa Venezuela com onze presidentes.

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  3. Aqui, no Pantanal, continuo sem baixar a bola, hoje peguei o ministério desenvolvimento regional...

    MDR e sua "carteira" de projetos.

    O MDR, de há muitos governos, demonstra ser bastante entrosado com as ongs, parece que subsistem muitos "projetos técnicos" nos seus aparelhados escalões burocráticos ...

    Sempre dá certo para o pessoal das nascentes, essa compensação de carbono sempre busca as empresas poluidoras, áreas degradadas, lixões, crimes e pecados ambientais.

    Aí se calcula e se remunera regiamente o mal que, teoricamente deixa de ser feito...

    Em 2010 foi feito um grande projeto de recuperação de áreas no Planalto do Rio Taquari, com farta distribuição de patrulhas mecanizadas aos municípios.

    Em vez de minimizar os efeitos, os danos foram potencializados pelo uso totalmente sem critério dessas máquinas.

    Pantaneiro da Planície fixa um mundão de carbono em suas áreas úmidas , filtra as águas poluídas dos rios em seus campos inundados e talvez seja o maior produtor de Oxigênio do Brasil no fitoplancton submerso de suas áreas permanentemente inundadas.

    Mas as atenções sempre se voltam para as nascentes nos contrafortes do Planalto Central, afinal lá está o problema e, aparentemente, os recursos para negociar a solução.

    A nós, da Planície, só nos cabe orar para que dessa vez dê certo, sempre é uma ocasião de renovar nossa esperança, de que o óbvio, um dia, terá prioridade neste sofrido Brasil.

    Gostaria de indagar: O que o MDR sugere que, eu, proprietário no Pantanal e como tal produtor de Oxigênio, preservador de vegetação nativa, cuidador da fauna silvestre, filtrador de água, retentor de Carbono e apagador de incêndios criminosos devo fazer para me habilitar a receber meus Créditos de Prestação de Serviços Ambientais?

    Ou tais créditos só passarão a existir quando o último m2 do Pantanal for vendido a preço vil, para imobiliárias estrangeiras disfarçadas de ONGs ou Empresas ESGs?

    Por enquanto, visualizando a parte morta do Rio Taquari ouso pensar no Versículo bíblico de Mateus que diz : " Onde estiverem os cadáveres, ali se reunirão os abutres".

    Armando Arruda Lacerda
    18/02/ 2021

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  4. Caros amigos
    Agradeço os comentários que ilustram com seriedade aspectos de nossa politica e justiça que abordei, de forma um pouco leviana.
    Percebo que gostam da forma que escrevo, e obviamente vou mantê-la, talvez com um pouquinho mais de cuidado.
    Agradeço ao leitor que não se identificou, ao Vandeco, velho e culto amigo que sempre complementa meus textos e ao Armando Lacerda pelo enfoque e esclarecimento sobre as mutretas de créditos de carbono. Um abraço. Paulinho sempre fala a seu respeito.

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