quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

A IRMANDADE E COMPANHIA


 

A IRMANDADE E COMPANHIA

 

Duvido e aposto a grana que não tenho, que alguém soubesse quem era esse Claudio Castro, governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro.

 “Vice” no Brasil não significa nada e pode até ter sentido pejorativo.

Qualquer borra-botas serve para completar um pretenso casamento, em que a noiva(o vice) é sempre relegada a terceiro ou quarto plano, para não dizer que é ignorado.

Em competições esportivas, “vice” é apenas motivo de gozação;  em política é ainda pior, pois vice serve apenas para compor um quadro, seguindo nossa estúpida legislação eleitoral, sendo na prática um quase fantasma, esquecido e relegado a uma salinha no canto, sem janelas, ou com vista para os fundos.

Até nosso Vice Presidente da República é carta fora do baralho, o que demonstra a insignificância do cargo em nossa terra.

Porem, quando um grande imprevisto acontece, morte ou afastamento o titular, o vice borra botas, sem expressão, sem bagagem e sem conhecimento, por força e obra do destino(no caso de morte) ou com ajuda da justiça(no caso dos corruptos), de repente se vê numa posição invejável, de mando e poder sobre aqueles que antes o ignoravam.

E justamente aqui no Rio, aconteceu o tal imprevisto, com o afastamento do bufão corrupto Witzel, aparecendo em campo esse inexpressivo e inodoro Claudio Castro.

Só de bater os olhos na figura já intuímos que é um tipinho sem postura e cacuete para sentar a bunda na cadeira de governador, do segundo mais importante estado da nação.

De onde saiu esse sujeito?

Um cantorzinho gospel, vindo de Santos para ganhar a mega-sena aqui no Rio.

O cara não sabe nada e segunda consta, consulta o novo prefeito, Eduardo Paes, até para ir ao banheiro.

Mas não podemos negar, que apesar de suas deficiências, Claudio Castro é um homem de família.

Logo de cara, arranjou bocas sedutoras no governo, para dois irmãos de criação e uma cunhada.

Na realidade, pelo que ouvi dizer, não se trata de “irmãos de criação”, mas sim de meio-irmãos, pois sua mãe casou-se mais de uma vez tendo filhos de pais diferentes. Nada contra, pois tenho amigos que já casaram três ou quatro vezes e até mesmo um irmão bem casamenteiro.

Soubemos recentemente, que também não descuidou da mãe, de primos e de outros parentes, enfurmando nas repartições públicas boa parte dos componentes de sua árvore genealógica.

Esse santista deve ter origens mineiras, pois é um “come quieto”, com seu jeito de caiçara lambão, tapeou a mídia por um tempo, que somente agora vem levantando o “valor que Claudio Castro dá a sua família”.

É um nepotista de primeira linha, que foge dos holofotes, mas trama nos bastidores, protegendo os seus, deixando o governo que anda mal das pernas, seguir cambaleante e dependente de recursos federais.

Talvez até esteja pensando em voos solos, invertendo os papeis e pensando em 2022 deixar de ser o Vice; arranjando um vice para ser seu vice.

Picado pela “mosca azul”(ou pelo mosquito da dengue) anda mexendo os pauzinhos, tentando emplacar “irmãos” como deputados, sonhando em manter a bunda na estofada, macia e poderosa cadeira de governador.

Será que o borra-botas terá essa ousadia?

 

José Roberto- 10/02/21

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