quinta-feira, 16 de abril de 2020

QUARENTENA- DIA 32- SEM FUTURO, DE VOLTA AO PASSADO

QUARENTENA- DIA 32- SEM FUTURO, VOLTANDO AO PASSADO

Assistindo ontem a tarde, a reprise do jogo Brasil contra a Checoslováquia, Copa do Mundo de 1970, lembranças afloraram as pencas.
Quarta feira, 03 junho de 1970.
Éramos todos jovens recém casados,  trabalhando na CESP em Atibaia.
Devido a importância do jogo, estreia do Brasil na Copa, acredito que todos foram liberados no período da tarde.
Nos reunimos na casa do Sérgio, que da turma, era o que mais gostava de futebol.
Sergio/Gláucia, Eu e Regina, Cesar e Rosa. Devo ter esquecido de mais alguém, talvez do Gotelip e Cacilda. Lembro apenas que a pequena sala da casa na Vila Salles, bairro onde todos morávamos, estava repleta.
Foi um jogaço, com os checos abalando nossos nervos, mas com um segundo tempo primoroso, demos a volta por cima. Começamos muito bem, 4 x 1, suado mas convincente, prenúncio de uma grande performance.
Quando lembro dessa boa fase de minha vida, trabalhando com imenso prazer, recebendo um salário digno, posso afirmar sem qualquer constrangimento que foram ótimos tempos.
A geração que veio a partir de meados da década de setenta e oitenta, sem ter participado do cotidiano da época, costuma referir-se ao período como “ditadura, anos de chumbo”, esquecendo que os militares agiram atendendo o clamor popular, com respaldo integral da mídia, pois o fracote Jango ameaçava entregar o país ao braços do comunismo.
Nos anos ditos de chumbo, só levavam chumbo terroristas e guerrilheiros, que lutavam não pela democracia, mas sim para implantar no país um regime totalitário de esquerda, nos moldes vigentes na URSS e Cuba.
Pena que o governo militar não tenha sido mais duro, eliminando definitivamente trastes e bandidos, que retornando com a anistia causaram estragos irremediáveis, com suas conspirações sórdidas, tomando conta da mídia e das universidades, levando o país a um estado de indigência, mantendo o “gigante adormecido em berço esplêndido”, pobre e saqueado.
Como estaríamos melhor se não tivéssemos Lula, Dilma, José Dirceu, Genoino e outras centenas de crápulas e corruptos que só nos trouxeram sofrimento e desgraças.
Na dura travessia que a nau brasileira singra, sobre mar bravio, com o povo atormentado por uma pandemia pré-fabricada, olhamos para um futuro incerto, cujos ventos sopram em sentido contrário.
Não conseguimos vislumbrar lampejos de esperança, de algo positivo, pois com a paralisação total do país, o vírus seguirá seu curso de forma mais lenta, retardando o reinício das atividades econômicas, a produção de bens e riqueza.  
Ao final do ciclo virótico inexorável, teremos uma nação arrasada, falida, onde os pobres serão miseráveis e poucos ricos ainda mais ricos, comprando e se apossando dos despojos dos pequenos e médios empreendedores que não resistirão ao grande baque(muito cuidado com os chineses que estão cheios de grana).
Os herdeiros dessa insana quarentena serão os abastados, conforme mencionado acima, a classe política que fica sempre bem na foto e os felizardos da justiça e assemelhados, com suas amplas e generosas mordomias, principalmente os componentes das altas cortes, que mesmo em tempo de pandemia e recursos escassos, só consomem camarões, lagostas, vinhos finos premiados e o velho “cachorro engarrafado”, bom whisky de no mínimo 12 anos(o segundo melhor amigo do homem, como dizia Vinicius de Moraes).
Estou parecendo um profeta do apocalipse, não intencionalmente, mas tentando interpretar o caos que atravessamos dentro de uma ótica realista, que não deixa de ser minha ótica particular, podendo estar parcial ou totalmente equivocada.
Se não houver mudanças radicais, estaremos numa sinuca de bico.
PS- Sr. Presidente, não vacile, chute o rabo do Mandetta e seus cupinchas ainda esta semana.

José Roberto- 16/04/20



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