quinta-feira, 4 de julho de 2019

DIGA AO RIO QUE FICO!


DIGA AO RIO QUE FICO!

Virou moda, pessoas conhecidas e obviamente cheias de grana, declarar de peito estufado que apesar de todos dos pesares: “daqui não saio, daqui ninguém me tira”.
Fácil para esses bem aventurados fazer essa afirmação, pois andam em carros blindados, com seguranças armados, com todas as precauções possíveis que o dinheiro pode propiciar.
Mas mesmo assim correm algum risco, pois no Rio os bandidos estão ficando cada vez mais ousados, a ponto de tornarem-se os verdadeiros donos das noites cariocas.
Ipanema e Leblon, bairros referencias da cidade, após as 9,00 da noite são hoje semi-desérticos, um arremedo da pujança do passado próximo, quando seus bares e restaurantes fervilhavam a partir da onze e meia noite, rompendo as madrugadas.
Casas noturnas tradicionais estão fechando as portas por falta de clientes, sobrevivendo apenas restaurantes que funcionam no período diurno, mas mesmo assim, com dificuldades.
O comércio como um todo está em franca decadência na região, pois mesmo durante o dia, “trombadinhas e trombadões” turbinados pelo “crack” ,zanzam pelas ruas em busca de vitimas incautas.
Com um prefeito imprestável, um governador imbecil e fanfarrão, cidade e estado estão “entregues ao Deus dará”, e pelo que temos visto, a conversa que Deus e Brasileiro é balela.
Como cantam os bandidos, traficantes e milicianos, “tá tudo dominado”, se auto degladiando em luta por territórios, com balas perdidas mas certeiras, matando inocentes em todos os bairros da cidade.
Somos reféns em nossas próprias casas.
A ousadia dos bandidos chegou a tal ponto que beira ao ridículo.
Ilustrando essa situação esdrúxula, citamos o caso do roubo das vigas de aço que sustentavam a Perimetral, demolida para dar lugar ao Porto Maravilha.
Essas vigas muito valiosas, de um aço nobre e resistente, pesando toneladas, desapareceram em plena luz do dia. Acontecido há seis anos, até hoje o grande roubo permanece sem elucidação.
Ontem, uma caso ainda mais extravagante.
Ladrões, com equipamentos pesados, guinchos, tratores e guindastes, tentavam roubar o reservatório d’água  de um conjunto residencial, com mais de 30 metros de altura por outros tantos de diâmetro; roubo somente não concretizado porque a movimentação no local despertou a atenção de um helicóptero de uma emissora de TV, que alertou os habitantes locais que chamaram a policia.
Houve a costumeira troca de tiros culminando com a fuga de todos os bandidos, sendo presos apenas os operadores das máquinas que alegaram inocência.
São situações inusitadas, merecedoras de riso caso não fossem trágicas, demonstrando a situação de descaso e incompetência do poder público, expondo a população a essa grave situação de insegurança plena.
Portanto, como outros “corajosos” também digo ao Rio que fico, pois no momento, careço de recursos para dar no pé.

José Roberto- 04/07/19


2 comentários:

  1. Uma certeza que tenho é que o Rio de Janeiro não voltará a ser o mesmo que conheci. É uma perda total, não só para o Rio de Janeiro , mas para o Brasil. As noites cariocas, noites após noites, foram responsáveis por um "mundo musical" de valor cultural inimaginável a Bossa Nova. O Rio de Janeiro foi o berço da Bossa Nova com inúmeros compositores, músicos, cantores e por aí vai... O Rio de Janeiro de hoje não mais permite que a Bossa Nova volte a ser o que era no passado. Este é só um pouquinho do imenso esvaziamento cultural do Rio de Janeiro. Pra complementar a Bossa Nova vai muito bem nos EUA, em alguns países da Europa e até na Ásia.

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    1. É realmente o pena a degradação da cidade.
      Atualmente a melhor opção noturna são os restaurantes nos Shopings.
      Abcs
      Gima

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