segunda-feira, 3 de junho de 2019

CADÊ A TURMA DO TÊNIS?

(EU E O PERIGOSO MARCELINHO, TOMANDO UMAS E JOGANDO SINUCA)



CADÊ A TURMA DO TÊNIS?

Já está virando praxe o uso do Blog para expor minhas desventuras na quadra do Rhapsody, onde já reinei e dei as cartas a meu bel prazer.
Depois da fortíssima bolada traiçoeira, desferida por Marcelinho Formiga Atômica em meu pulso esquerdo, que pela violência refletiu em todos os músculos de meu velho corpo, culminando por descolar a retina do meu olho “sinistro”, tornei-me presa fácil dos vingativos companheiros do tênis.
Virei uma mala sem alça, com todos torcendo o nariz em fechar comigo numa dupla.
Paulinho Explicadinho e Juarez Perfumado, após baterem uma bola, tentaram organizar um joguinho no sábado. Difícil acertar com os convidados.
Carlos, o Kgão, resolveu dar uma de cuco. Bota a cabeça na varanda do apartamento e diz que não vai comparecer, pois com filho pequeno tem que dar uma mão para a patroa.
Miguelito, com o tornozelo ainda em recuperação, fruto de ter enfiado o pé num buraco de tatu em sua derradeira pelada, só aparece na hora da manguaça, provavelmente com medo da língua afiada dos parceiros.
Sobrou o Zé como única alternativa.
 Depois de curtir uma forte gripe durante toda a semana, desci ainda debilitado e fraquinho, para o sacrifício, pois faltava um para completar as duplas.
Coube a Paulinho Explicadinho, a árdua tarefa de carregar o “pacote”,
Se na fase atual, bem fisicamente já não enxergo a bola e erro quase todas, imaginem minha ruindade jogando estropiado.
Paulinho foi ficando puto com minhas constantes cagadas, pois perdíamos feio de 5X0 quando num saque, acertou uma forte bolada no meu cotovelo esquerdo. Ainda bem que pegou na parte dura, sem carne e músculos, caso contrário os danos poderiam ter sido irreversíveis, alem de um belo hematoma.
A cacetada até que surtiu efeito, pois melhorei um pouco meu jogo. Conseguimos fazer três pontos seguidos e vencer outra partida por 6x4, coisa rara que precisa ficar registrada.
Como se já não bastasse enfrentar Marcelinho, cuja presença na metade oposta da quadra me causa calafrios, virei alvo de todos, embora reconheça, que o frio agressor, arrependido, tem se portado como um gentleman, evitando jogadas mais ríspidas quando nos enfrentamos.
A agressão inesperada de Paulinho só se justifica, pelo fato que  estava “enterrando” o jogo, como também por sua  irritação, porque normalmente interrompo suas imensas perguntas e perorações no pós-jogo, hora da manguaça, onde o danado quer saber até a cor a cueca de cada um.
Apesar da minha grave contusão, acertamos novo embate para o domingo, prejudicado devido a chuva.
Marcelinho, atualmente muito mais confiável devido a sua contrição e arrependimento, propôs um enfrentamento civilizado no salão de sinuca, que aceitei prontamente, ficando encarregado de levar as biritas.
Mesmo considerando a fase “amorosa” que vivemos, fico sempre com um olho bem aberto, pois sinuca não é assim tão inofensiva.
Sempre pode escapar uma jogada mais forte, com a bola atingindo o adversário, ou ainda uma tacada casual num movimento inesperado. È sempre melhor prevenir que remediar.
Jogamos varias partidas entremeadas de vários copos de caipirosca de maracujá e um tiragosto apimentado, bastante apetitoso e deglutivel.
Quanto as partidas em si, uma lástima.
Ainda bem que não havia torcida para assistir nossa triste performance, pois em sinuca somos um fracasso.
Tentamos, mas as bolas não caem. Acredito piamente que as caçapas da mesa de sinuca do prédio são mais estreitas, ou a bolas maiores que a normais.
Como síndico, preciso dar um jeito nesse problema, pois sempre tive boa mira, mesmo com um olho apenas.
Valeu pelo bom papo, pelas intrigas e fofocas, pois nossa turma está se tornando um fiasco.
Cada vez mais difícil em juntar todos.

José Roberto- 03/06/19



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