segunda-feira, 10 de junho de 2019

ATÉ QUE ENFIM, UMA BOA VITÓRIA

(DA ESQUERDA PARA DIREITA- MARCELINHO, EU, JUAREZ E CARLOS)


ATÉ QUE ENFIM, UMA BOA VITÓRIA

Não pensem que estou me referindo a Seleção, que tascou uma goleada na coitada de Honduras, um pobre conjunto de amadores que com um a menos, até que perdeu de pouco.
Só fiquei sabendo do resultado após o jogo, pois não perco meu tempo vendo essa Seleção do enganador Tite, se bem que sem o Neymar parece que melhora um pouquinho.
O tema em pauta trata de assunto da maior importância, ou seja, o duro embate travado domingo na quadra do Rhapsody.
Manhosamente, Juarez cheiroso, paramentado nos trinques e Marcelinho formiga atômica, deram um jeito de me empurrar como parceiro, Carlos o Golias Kgão, que alem de não ser grande coisa, pois bate forte na bola, mas erra quase todas, por causa do filhote nascido a pouco, não tem jogado, estando ainda mais fora de forma.
Entrei na quadra antecipando a derrota, pois desde que fui ferido a traição, não estou jogando nada e sem um bom parceiro para me carregar, pensei: estou mesmo fodido.
Comecei ainda pior, pois já no primeiro saque senti uma fisgada no ombro, que inutilizou um dos únicos golpes que ainda me restavam, pois meu saque é bem razoável.
Para minha grande surpresa, o saque fraquinho causou mais estrago na dupla contrária que meu pretenso saque forte, tanto assim que já estou pensando em mudar de estilo quando recuperar minha visão e meu jogo(se é que ainda é possível).
Todavia, surpresa maior o jogo apresentado por meu parceiro. Carlos estava foda, tanto na rede como no fundo da quadra, cobrindo e compensando minhas inúmeras e constantes furadas.
Na fase atual, na rede sou um desastre, no fundo ainda acerto uma e erro duas, mas Carlos corria como um garoto(ainda bem que não temos teste anti-doping), superando até as desabaladas carreiras do perigoso Marcelinho.
Sentindo que meu parceiro estava infernal, melhorei meu ânimo e até um pouco meu jogo, pois vencemos a primeira num duríssimo 6X4.
No intervalo, Juarez, acredito que de caso pensado, retocou a maquiagem e aspergiu-se de um perfume enjoativo, numa flagrante tentativa de desnortear um de nossos sentidos.
Meio zonzo pelo cheiro agressivo do perfume, começamos mal e continuamos mal, sendo derrotados por 6X3. Errei todas e nem mesmo o Kgão num dia especial, conseguiu segurar as pontas.
Tomei um pouco d’água, respirei fundo, Carlos deixou escapar uma meia dúzia de flatos sonoros e proibimos Juarez de utilizar o golpe baixo de mais uma dose de perfume.
Marcelinho tentou ainda fazer pressão, me encarando com um olhar sorrateiro e sombrio, pois insistia que alem do perfume, Juarez deveria untar mais um pouco mais de Gumex em sua bem cuidada cabeleira.
Vencemos nessa queda de braço e partimos animados para o set decisivo, eu cismado com o olhar assassino de Marcelinho.
Não deu outra.
Joguei um pouco melhor e Carlos realmente arrasou.
Acertou diversas cacetadas que nem o foguetinho nem o cheiroso, conseguiram ver a bola.
Consegui fazer um ou duas jogadas que relembraram meus bons tempos, mas o Kgão foi um desbunde.
Duvido que volte a jogar assim tão bem novamente. Devia estar mesmo dopado com o cheiro do xixi do Kgãozinho.
Após a pugna, Carlos retornou rapidamente ao aconchego do lar, temendo represálias por seu atraso, e nos confessou pelo Whats app, que quase defecou no elevador.
Jogou sem antes dar a tradicional e costumeira cagada, pois é o maior usuário do banheiro da churrasqueira.
Será esse o segredo do Kgão?
Quando jogar contra ele exigirei que antes da partida, cumpra seu ritual.
Parece que deixando a merda devidamente armazenada na pança, o Kgão não faz tantas cagadas na quadra.
Todo jogador de tênis, tem a obrigação de observar e se aproveitar das fraquezas dos adversários, mesmo que as vezes a coisa desande e fique um mau cheiro no ar.

José Roberto- 10/06/17




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