terça-feira, 27 de junho de 2017

A FARRA DAS IGREJAS

A FARRA DAS IGREJAS

Trata-se de um assunto delicado  que requer uma abordagem objetiva, por isso levanto questões sobre o tema.
Nos tempos difíceis que atravessamos, o único setor da economia que não sofre maiores percalços é o da fé, mais precisamente das igrejas.
Será correto enquadrar igrejas como um setor ativo da economia?
De minha parte(que significa praticamente nada) não tenho dúvidas, pois a fé, alem de “remover montanhas”, move montes de dinheiro para as “sacolinhas” das igrejas e para o bolso dos pastores.
Basta olhar a vida de luxo que levam esses donos de igrejas, que vendem de tudo, água sagrada, fogo dos céus, curas milagrosas, alem de garantir a cobiçada vaga no paraíso, ao lado de Deus e de belas anjas.
Pastores de igrejas ditas evangélicas, cruzam os céus a bordo de seus jatos particulares(não precisam emprestar da JBS), possuem palacetes em ricas áreas de veraneio, com todos os confortos e mordomias, inclusive adegas que fazem até inveja ao manguaceiro apedeuta Mula.
Alugam horas e horas nos canais de TV de segunda linha, onde apresentam seus programas mercadológicos, pregando, prometendo milagres e coletando o suado dizimo dos crédulos fiéis, que doam até o que não possuem.
O mesmo ocorre na igreja católica, apenas de forma mais velada, pois seus padres e bispos são mais conscientes, principalmente por ter melhor formação teológica, mas mesmo assim, não deixam de “correr as sacolinhas” e viver numa boa moleza.
Ser dono, pastor, bispo, cardeal, de uma igreja é um grande negócio, pois as igrejas de qualquer culto, inclusive terreiros de umbanda e similares, são isentos de todos os impostos, federais, estaduais e municipais.
Não pagam Imposto de Renda, IPTU, IPVA, ICMS, ISS, Imposto de Transmissão, uma moleza total.
Esse “ramo de negócio” é tão bom, que no Brasil existem aproximadamente 570 mil igrejas, com forte crescimento das evangélicas que aumentam em média, 14 mil por ano.
No geral, são criadas 20 igrejas por dia no país, um negócio florescente, alheio a crises e dificuldades conjunturais.
Se o país, os estados e os municípios estão em situação pré-falimentar, porque, ao invés de aumentar tributos diretos e indiretos que pesam no bolso dos cidadãos, não suspendem essas pródigas isenções concedidas às igrejas?
Pelo volume de dinheiro que circula na “indústria da fé”, com certeza, teríamos um sensível incremento na arrecadação, permitindo um alívio ao povão, obrigando as igrejas a serem mais racionais, deixando de torrar o dizimo na construção de templos faraônicos e outras despesas perdulárias.
Esta seria uma forma justa, das igrejas contribuírem diretamente para o alívio material de seus fiéis.


José Roberto- 27/06/17

3 comentários:

  1. BOM TEXTO
    AQUI NO BRASIL, FICAMOS NA DÚVIDA SE É MELHOR ABRIR UMA IGREJA OU UM PARTIDO POLÍTICO?
    OS DOIS RENDEM MUITA GRANA.

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  2. É pela opinião acima, Zé, que entendo não ser justo jogar o assunto na vala comum.Comparar a Igreja Católica com as demais sob a visão ganho, receita ou resultado, ou qualquer coisa que queira acrescentar, não faz o menor sentido.
    Desculpe, mas assim penso.

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    Respostas
    1. Caro amigo Heleno
      Sou católico, fiz ginásio e científico em colégio salesiano.
      Não sou carola, mas ainda vejo missa aos domingos, quando dá.
      É obvio que não dá para comparar a Igreja Católica com essas igrejas de esquina, com pastores semi-analfabetos que decoram algumas passagens das Bíblia.
      Contudo, nossa igreja é ainda muito opolunta e nossos padres, principalmente bispos, levam um vida boa.
      No interior de São Paulo, quando frango era "mistura" de domingo, costumava-se dizer, que "Barriga de padre era cemitério de frango".
      Mas é isso aí, ponderando-se as coisas, as antigas igrejas tradicionais como a Protestante, Presbiteriana, são bem mais sóbrias e corretas que essas evangélicas que se multiplicam a cada dia.
      Abraços,

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