sexta-feira, 14 de outubro de 2016

"LEVES NUANCES" ENTRE O POLÍTICO BRASILEIRO E O AMERICANO

‘LEVES NUANCES” ENTRE O POLÍTICO BRASILEIRO E O AMERICANO

A revistas Veja dessa semana, traz nas páginas amarelas excelente entrevista de Eric Cantor, ex-líder do Partido Republicano na Câmara, que sendo surpreedentemente derrotado nas ultimas eleições por um ilustre desconhecido, deixou a carreira política ingressando num banco de investimentos, onde presta consultoria na área de gestão política e cenários econômicos.
Comentando a disputa entre Hillary e Trump, apesar das baixarias e loucuras do milionário, afirma, que fiel as diretrizes do partido, mesmo não concordando com os absurdos de suas declarações, cravará seu voto no doidão.
Deixa claro, que mesmo que Trump seja eleito, o que será bastante improvável face os últimos acontecimentos, não terá autonomia para executar suas sandices, como a construção do muro na fronteira do México, proibir a entrada de muçulmanos e outras coisas do gênero, pois o sistema político americano se baseia num sistema de contrapesos, com prevalência da Constituição e o forte poder do Congresso, que evita desvarios ou loucuras presidenciais.
O cerne de sua entrevista está justamente no último parágrafo, onde deixa claro, que nenhuma pessoa entra na carreira política nos USA pensando em ficar rica, pois se o fizer, irá para a cadeia. Esclareceu que um deputado federal ganha apenas 17 mil dólares por ano, tendo normalmente que trabalhar em outro emprego para se sustentar. Ele mesmo era advogado no setor imobiliário durante o período em que exerceu a carreira política.
Que inveja!!!
É justamente por essas e outras razões que os Estados Unidos é a maior potencia mundial.
Lá, o político tem que trabalhar para o bem do povo, senão vai preso rapidamente.
Já por aqui, a história é outra.
Com raras exceções, difícil até de serem lembradas, o sujeito entra para a política antevendo que vai se dar muito bem, que vai ficar rico, conseguir emprego para um monte de parentes e conhecidos e se der, faz alguma coisa para tapear o povão.
Só de verba de representação, por mês, o danado do político brasileiro recebe mais de 17 mil dólares, fora outros penduricalhos, passagens aéreas, ajuda para aluguel e “os cambau”.
Para o picareta ser preso é uma grande dificuldade, pois tudo o que recebem legal e ilegalmente,“foi devidamente contabilizado e declarado a justiça eleitoral”; sem mencionar a excrescência do foro privilegiado.
Esse maldito foro é quase um salvo conduto ou alvará para a gatunagem.
Atualmente, graças a alguns juizes abnegados, essa situação está começando a mudar, mas as mordomias continuam “imexíveis”.
Talvez a corrupção até diminua, mas para contrabalançar essas perdas dolorosas, os danados dos políticos vão achar um jeitinho de aumentar suas mordomias legais, deixando o sacrifício, como de costume, nas costas do povão.
A nós, passiveis e dóceis cordeiros, resta apenas pagar ainda mais impostos.

José Roberto- 14/10/16





Um comentário:

  1. O melhor emprego do mundo é ser politico no Brasil. Não contentes com os excelentes salários e mordomias sem limites, eles roubam o povão, na maior cara de pau, e ficam milionários em curtíssimo espaço de tempo. Não parece que essa situação irá mudar a médio prazo. Pobre Brasil!

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