segunda-feira, 31 de março de 2014

OS PREJUÍZOS DA ELETROBRAS

OS PREJUÍZOS DA ELETROBRAS

O Sistema Eletrobras acumulou em 2013, prejuízo liquido de 6,3 bilhões, levemente inferior ao de 2012(6,9 bilhões).
As principais causas desse imenso prejuízo foram, o gasto adicional com a geração térmica e os programas de incentivo a demissões.
Gasto com as térmicas inevitáveis, face ao paupérrimo regime hídrico no último ano, deixando claro que São Pedro deve estar de saco cheio desses safados, que de “para quedas”, se apossaram dos cargos de direção nas empresas que compõe o Sistema Eletrobras.
Quanto ao “incentivo a demissões” esse é o golpe que tem que ser investigado.
O grupo gastou ano passado, 1,72 bilhão por conta desses planos, uma fortuna imensa. Cheira mal!
De início, convém explicitar, que “Sistema Eletrobras” é um engodo contábil/financeiro, pois cada empresa do grupo opera de forma independente, subordinada a interesses políticos regionais.
A Eletronorte sempre foi comandada pelos políticos do Pará, que indicam a seu bel prazer parentes, companheiros refugados pelas urnas e cupinchas, preenchendo desde diretorias a cargos de segundo escalão, mas com acesso direto aos cofres da empresa.
A Chesf é propriedade exclusiva dos políticos nordestinos, que nomeiam e preenchem cargos, conforme melhor aprouver a seus interesses.
Furnas é disputada pelo PMDB do Rio, tendo a frente o “impoluto” Eduardo Cunha, que deixa umas rebarbas para os mineiros. A empresa é gigantesca e dá para repartir com colegas de “maus feitos”.
A Eletrosul e quintal dos políticos do Paraná.
Itaipu, é prato feito para os catarinenses, que se contentam com os bons cargos oferecidos pela binacional.
A mãe de todas essas mamatas, a holding, a Eletrobrás, era propriedade exclusiva do lendário ACM. Com sua morte, o velho raposão Marimbondo de Fogo Sarney, tomou posse do latifúndio, distribuindo cargos e funções com sua tradicional prodigalidade. 
Depois dessa ligeira radiografia do “modus operandi” do “Sistema Eletrobras”, que só pode mesmo gerar prejuízos, o ponto principal, que deveria ser objeto de uma investigação detalhada, é esse costumeiro, cíclico, e questionável, “incentivo a demissões”.
Vira e mexe empresas do grupo anunciam essa mamata, tentando engambelar o publico, alegando tratar-se de medida saneadora, imprescindível para o enxugamento da gigantesca maquina administrativa.
Os diretores, a turma que abocanhou as tetas, os indicados de ultima hora, são indenizados em milhões, pois nos cálculos generosos, somam-se os anos gozados como ascepones, secretários de porra nenhuma, inclusive dos períodos nomeados por atos secretos como funcionários fantasmas do nosso  maravilhoso congresso.
Saem felizes, de bolsos cheios e contas recheadas.
Com um pequeno detalhe, voltam de imediato, como “consultores independentes” ou “técnicos” de empresas prestadoras de serviços e mão de obra, que sempre estão a disposição do “Sistema”, para suprir as lacunas causadas pela adesão ao plano.
Tudo continua na mesma e geralmente piora, pois sempre se dá um jeitinho de contratar e colocar protegidos, nos cargos, que em teoria, ficaram vacantes.
Esse é o grande golpe, os programas de demissões incentivadas.
Programas de efeito bumerangue, que ferram ainda mais as caóticas finanças do nosso sistema elétrico.
Já é tempo, de ao menos esboçar medidas, para acabar com essas mamatas.

José Roberto- 31/03/14


2 comentários:

  1. Sou ex funcionário da Eletrobras, lamento não ter pegado essa boquinha.
    Falando sério, esse é um fato fácil de constatar, pois conheço varias pessoas que saíram incentivadas e voltaram ainda mais turbinadas.
    Essa empresa é uma mãe, para alguns!!!!!

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  2. Uma coisa é o marketing pessoal da Dilma, com fabulosos gastos em propaganda, outra coisa é a realidade. Aos poucos a imagem de gerente focada, competente e exigente com os resultados da gestão pública, propagando pelo seu mentor Lula começa ficar desfocada. Como se não bastasse a PeTrobrás, ela também está levando as finanças da Eletrobrás para o buraco.

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