quinta-feira, 27 de março de 2014

EDUCAÇÃO FAMILIAR

EDUCAÇÃO FAMILIAR

Tenho o hábito de escutar  a Band FM  todas as manhãs, a caminho do escritório.
Nos vinte minutos aproximados que gasto no trajeto, acompanho as intervenções de uma psicóloga muito ponderada, que responde e esclarece perguntas dos ouvintes.
Mesmo nos assuntos mais óbvios e cretinos, a psicóloga pacientemente e de forma clara e educada, indica as melhores opções para um possível equacionamento e bom desenlace do pretenso problema.
Chamou minha atenção de modo especial, a colocação de uma ouvinte, que solicitava orientações, pois seu filho de cinco anos, insistia em tentar derrubar a avó, que tinha dificuldades de locomoção, o fazendo, com auxilio de uma bengala.
O pestinha insistia em puxar a bengala da avó, sempre que cruzava com a velha e decrépita senhora.
A mãe, vivia preocupada, pois apesar de suas advertências verbais, o pequeno insistia em seu perverso intento, tentando em todas oportunidades dar “uma rasteira na velhinha”.
Não cheguei a prestar atenção na resposta da psicóloga, pois “puto da vida” tive vontade de ligar para a emissora e passar para essa mãe banana, “a receita do Zé” para enquadrar crianças teimosas e mal educadas.
Depois e uma ou duas reprimendas verbais, esse capetinha deveria levar umas boas palmadas no traseiro, sem excessos, mas de forma a assustá-lo, evitando reincidências, mostrando que ao invés de tentar derrubar a avó, deveria ajudá-la, considerando sua debilidade.
Uns tapas na bunda bem aplicados, um puxões de orelha, alguns beliscões, medidas extremas, obviamente aplicadas em ultima instancia, não fazem mal algum, nem acarretam traumas e outras frescuras que educadores modernos tentam nos impingir.
Tanto é verdade, que os de minha geração, cresceram nesse regime sem maiores problemas ou efeitos colaterais.  “No meu tempo”, a profissão de psicólogo se existisse, era rara.
Atualmente, com esse liberalismo exagerado, com a falta de respeito dos filhos para com os pais e vice-versa, por qualquer choramingo, qualquer dor de barriga, a criança e encaminhada para um psicólogo.
Os pais modernos, ao invés de atuarem com responsabilidade preferem transferir o problema para terceiros, que podem ajudar a resolvê-los, ou até mesmo agravá-los.
Essa falta de educação caseira reflete no comportamento das crianças nas escolas, no desrespeito aos mestres, que comumente chegam até a ser agredidos.
As escolas e universidades existem para ensinar, transmitir cultura e orientar os alunos ao mercado de trabalho, mas a educação, como diziam os antigos, deve vir de casa, do berço.
Nossos políticos que não servem para nada, ensaiam inventar leis proibindo a palmada na bunda, interferindo numa zona estritamente privada que não lhes diz respeito.
Se esses mesmo políticos fingidos, tivessem levado as merecidas palmadas na ocasião oportuna, seriam éticos, honestos, cumpririam melhor seus deveres para com o povo, exatamente o contrário do que estamos acostumados a ver, uma corja de corruptos e oportunistas.
É obvio, que a violência familiar não deve ser tolerada em hipótese alguma, para mim, crime hediondo, mas esse é outra questão, caso de polícia.
Estou abordando o desleixo e omissão na educação, pois o sagrado direito de gerar, criar e educar filhos exige dedicação integral, sem folgas e feriados.
Felizmente, boa parcela da população, tem o bom senso de seguir os ditames de suas consciências, dando continuidade aos exemplos recebido dos próprios pais.
Nos preocupamos com o país que será deixado de herança para nossos filhos e netos, mas como já foi dito por algum luminar, temos a obrigação de nos preocupar, “com os filhos que deixaremos para nosso país”.

José Roberto- 27/03/14




Um comentário:


  1. òtimo texto. Acertou em cheio, pois os pais frouxos e uma televisão perniciosa, estão contribuindo para a falta de educação e desagregação familiar.
    Uma palmada bem aplicada é um santo remédio,

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