DE DIA FALTA ÁGUA, DE NOITE FALTA LUZ

DE DIA FALTA ÁGUA, DE NOITE FALTA LUZ

Segundo a teoria da “Roda Gigante”(que não sei se existe, mas estou citando), problemas e eventos naturais tendem a se repetir ciclicamente. Até mesmo costumes, moda e outros aspectos da vida humana se encaixam nessa perspectiva.

Embasando essas premissas num período de verão senegalesco, o Rio e outras cidades do estado, padecem da falta crônica de água e com as interrupções no sistema elétrico.

A marchinha lançada no carnaval de 1954, volta com força total, encaixando-se com perfeição no momento critico que vivemos, provando a tese, que estamos “de volta para o passado”.

“Rio de Janeiro, cidade que nos seduz

De dia falta água, de noite falta luz”

Os jornais de hoje estampam, que o estado do Rio de Janeiro, investiu apenas 17%(128 milhões) do previsto no orçamento de 2013(759 milhões), para a área de saneamento.

Esse fato deve ter ocorrido em todos os estados do país, pois político espertalhão que se preze, sabe que gastar fortunas enterrando canos não rende votos.

Até que investir na ampliação do abastecimento de água pode render alguns dividendos, mas em esgoto(metrô da merda), obras bem mais caras e complicadas, já é outra história. Melhor jogar a culpa pela inércia nos governos passados.

Não é a toa, que vira e mexe ocorre nas praias cariocas o estranho fenômeno da “Maré Vermelha”, com o mar tomado por uma espuma marrom e fétida, que segundo dizem, é resultado da decomposição das algas, devido o aquecimento das águas.

Hummm. Na minha terra essa cor e esse cheiro tem outro nome. Esgoto despejado “in natura”, ou seja, merda pura.

A Light não nega sua contribuição para infernizar ainda mais a vida dos cariocas e dos moradores nas cidades vizinhas.

A falta de energia virou uma constante, a ponto de muitos prédios da zona sul, inclusive onde moro, adquirir grupos geradores para contornar esse lamentável desrespeito com os consumidores.

No ano recém encerrado, a Light quebrou com folga, todos os índices estabelecidos pela Aneel, relativos ao tempo médio e o numero de interrupções consideradas aceitáveis. E começa 2014 se superando, prometendo um ano ainda pior.

Com o calor descomunal que assola principalmente a região sul e sudeste do país, as perspectivas não são nada boas. Nem para os mais otimistas.

Que esse descaso, esse desrespeito para com os consumidores, que reclamam em vão, pois nossas Agencias Reguladoras são uma piada, sirva de alerta aos eleitores no momento de apertar o botão das urnas eletrônicas.

É nossa única oportunidade para um “saneamento geral”.

José Roberto- 09/01/14