sexta-feira, 15 de junho de 2012

NÃO TEM JEITO


NÃO TEM JEITO



Somos mesmo um povinho de merda, assistindo indiferentes os mais incríveis casos de corrupção explicita, roubalheira, desvio de verbas, enriquecimento ilícito, políticos venais, dólar na cueca, enfim, casos cabeludos que em qualquer outro país mobilizaria a população, exigindo providencias imediatas e botando esses canalhas no xilindró.

Nessa própria CPMI de faz de conta, a do Cachoeira, ficamos sabendo que dias antes de ser instaurada, um senador e um deputado, “probos” membros dessa comissão, participaram de um regabofe em Paris, com o Sr. Cavendish , presidente da Delta, a ponta de lança de todo o imenso esquema de corrupção e desvio de verbas.

Um desses “probos”, o senador Ciro Nogueira do Piauí, teve ainda o descaramento de na sessão de ontem, fazer um discurso contra a convocação de Cavendish, demonstrando sem um pingo de vergonha, que como foi dito, pertence a “tropa do cheque”, e pelo jeito, não quer perder a boquinha.

As águas vão rolar e vamos ver no que vai dar(obviamente, em nada).

Enquanto corria a barca, li uma boa noticia, que finalmente a justiça  determinou a redução do salário dos aposentados da prefeitura de Campinas-SP, que graças a artifícios e trambiques, amparados por liminar, chegavam a faturar 90 mil mensais.

Cerca de 150 desses malandros recebiam essa grana preta, outros mais modestos, recebiam entre 30 e 50 mil.

Finalmente essa mamata parece que vai ter um basta.

Esse exemplo poderia servir para o Congresso, onde um ascensorista ganha mais que um médico concursado e até mesmo que um general.

Para tanto, teríamos que remover Sarney, Renan, Vacarezza e muitos outros, uma utopia impossível.

Outra noticia que ouvi no rádio, de estarrecer, é que a comissão municipal de inquérito que investiga o mau uso de verbas pelo Instituto Ronaldinho Gaúcho, em Porto Alegre, pedirá o bloqueio das contas de seu procurador e irmão, Assis, responsável pelo desvio de aproximadamente 500 mil(só isso?).

Desconhecia o fato, de que o fauno tarado tinha um Instituto registrado em seu nome, teoricamente,  para atender crianças carentes na capital gaúcha.

É obvio, que era responsável de fachada, o laranja, pois não lhe sobrava tempo nem para um simples telefonema, desgastado após as noitadas e um eventual treino, no qual sempre chegava atrasado.

Provavelmente, esse Instituto foi criado numa tentativa de melhorar a imagem do notívago e decadente jogador, logicamente sem colocar um tostão de seu bolso, já que com suas boas relações, conseguiu grana farta da Prefeitura(5,7 milhões) e do Ministério da Justiça(Pronasci- 2,0 milhões).

Fazer assistencialismo com dinheiro público e moleza, dando inclusive para desviar boa parte, para ser distribuída entre as “damas da noite” nas boates do Rio e agora, entre as donzelas de BH.

Em todas as prefeituras, em todas as assembléias legislativas, no Congresso, em todo o canto que observamos com mais cuidado, verificamos que sempre existem espertalhões se locupletando, roubando descaradamente, com a certeza que ficarão impunes.

Nossa tolerância, indolência e inapetência por ações cívicas relevantes, permite que o “status quo” seja mantido e até ampliado(mais corrupção).

Apesar de criticar veementemente a falta de iniciativa da nossa população, tenho que reconhecer minha própria imobilidade, colocando o “rabo entre as pernas”, pois alem de vociferar em meus textos, também não faço porra nenhuma.

Sabendo que não tem jeito mesmo, nos acomodamos, encaramos toda essa corrupção com indiferença, deixando o barco correr, singrando tranqüilo nas águas turvas da corrupção.



José Roberto- 15/06/12

2 comentários:

  1. Somos mesmo acomodados e preguiçosos.
    Assistimos sem levantar um palha, políticos e diregentes metendo a mão no dinheiro público, e como cordeiros, continuamos a pagar nosso impostos, sem chiar.
    Somos uns grandes babacas, pois sustentamos uma imensa corja de vagabundos.

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  2. Somos otários que pagam impostos, trabalhando praticamente 4 meses por ano para sustentar essa corja de vagabundos.
    Como temos sangue de barata, nos limitamos a reclamar com os conhecidos, mas agir que é bom, nada.

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