quinta-feira, 28 de junho de 2012

A CRISE BATE EM NOSSA PORTA

A CRISE BATE EM NOSSA PORTA



“ Quem bate? É o frio. Não adianta bater, eu não deixo você entrar”.

Velho e extinto refrão da propaganda da finada fábrica de “Cobertores Parayba”, de São José dos Campos, que não se modernizou, sucumbindo a concorrência.

O Brasil está em situação parecida, trocando o frio pela violenta crise financeira que inferniza a vida da Europa, com sérios reflexos no Estados Unidos, cujos ventos fortes ameaçam bater em nossas praias, com o risco de tornar-se furacão.

Dona Dilma, mais esclarecida que o antecessor, tenta acalmar a todos, fugindo da comparação com a “marolinha”, percebendo os riscos de um eminente contágio, porem, com espírito ufanista, tenta nos convencer que o país possui as armas e recursos necessários para driblar a crise.

Nosso fanfarrão Ministro da Economia, Guido Mantega, reafirma de peito aberto essa certeza, proclamando que o brasileiro sabe da crise apenas pelo que vê na TV e lê nos jornais, que por aqui, navegamos em águas tranqüilas.

Porem sabemos, que a realidade não é tão cor de rosa como pensa ou finge pensar o membros do governo.

Quem freqüenta o supermercado sabe que silenciosamente, os preços das mercadorias estão se elevando, a gasolina está ficando mais cara e o álcool (etanol) está inviável.

Dados estatísticos e econômicos revelam que o crescimento industrial estagnou, pois nossa política tributaria nos debilita, encarecendo nossos produtos que ficam impossibilitados de concorrer com os similares estrangeiros, principalmente dos produzidos na Ásia, capitaneados pela mãe China.

A agro-pecuária que tem sido o carro chefe de nossas exportações, começa a sofrer os efeitos da crise, pois os paises empobrecidos do continente europeu estão consumindo menos nossos produtos, com queda nas exportações de carne(bovina, suína e de frango).

Os produtores de soja vivem atormentados, preocupados com China, pois um soluço dos orientais e o preço dessa “comoditie” despenca.

As medidas tomadas pelo governo para fazer frente a essas ameaças são tímidas e pontuais, aliviando temporariamente a carga tributária de alguns setores, aumentado o crédito, estimulando o consumo interno e obviamente, contribuindo para o aumento da inadimplência.

Devemos realmente colocar nossas “barbas de molho”, pois quando todo mundo afirma que está tudo bem é justamente aí que mora o perigo.

Devemos fazer ouvidos moucos as tentativas que nos induzem a elevar os gastos, do credito fácil, dos irresistíveis parcelamentos sem juros, dos pré-datados,  da liquidações.

Poupar é dureza, mas somente os precavidos conseguem ter um sono mais tranqüilo, pois sem sombra de duvidas, tempos difíceis se avizinham.

Se somarmos os problemas da conjuntura internacional, aos criados por nossos políticos, que mirando exclusivamente no próprio umbigo aumentaram suas verbas de representações, tentam acabar com o teto salarial do funcionalismo concedendo ao judiciário e a si mesmos, aumentos muito alem da inflação, dos sete mil de vereadores adicionais que engrossarão o numero de sanguessugas de nossas Câmaras Municipais, das milhares de vagas que estão sendo criadas no serviço publico, que não redundam em qualquer melhoria dos serviços prestados, fica muito difícil a qualquer brasileiro razoavelmente lúcido e esclarecido, ser otimista.

A crise está batendo em nossa porta e será muito difícil deixá-la de fora.



José Roberto- 28/06/12










5 comentários:

  1. Puxa, depois de ler essa coluna bateu um remorso com a jóias que comprei ontem... quem guarda tem! Bjsss MF

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  2. Você está dando uma de Nostradamus, vaticinando um futuro terrível para o país.
    Será que a coisa está mesmo assim tão preta?
    ass; o cético

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  3. Os problemas atuais do país são imensos, principalmente na infra-estrutura e no setor industrial, sem mencionar educação, saúde e segurança.
    As medidas quando muito, ajudam no varejo, quando o problema é em grosso, no atacado, na formulação das políticas e na condução do país.

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  4. O país teve toda a oportunidade para investir em educação, saúde (saneamento) e segurança. Não investimos em nada disto. Mesmo com economia crescendo a criminalidade não diminuiu, pelo contrário aumento juntamente com o crescimento da impunidade. As nossas leis em todos esses aspectos estão mais que ultrapassadas. Somos um país que dada a conjuntura internacional que tivemos nos últimos não aproveitamos nada realmente de bom para o país. Até a nossa principal empresa Petrobrás foi manipulada para os interesses a “zelite” dominante. Pobre Brasil, que não consegue criar o futuro tendo como base principalmente a segurança da família. Pergunto: Você se sente seguro neste país? Somos assaltados com os ladrões que estão por aí em todos os lugares e também pelo governo com os impostos, que não geram nada para o bem do povo. Com muita certeza estaremos ferrados nos próximos anos.

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  5. Se o Dias Toffoli participar do julgamento do mensalão, não sendo impedido para tal pela povo, teremos com toda a certeza um falso julgamento. Ele tem de ser impedido de votar. Aliás, teríamos até de trocar quase que todos os ministros do STF. Acho que o mensalão pode virá uma bela palhaçada. Quem viver verá!

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