segunda-feira, 26 de março de 2012

PRÓSTATA DE GAÚCHO

PRÓSTATA DE GAUCHO

Conforme havia prometido, transcrevo um belo poema de um
gaúcho macho, que devido a idade, ou outro problema qualquer, teve que se
submeter ao terrível e invasivo exame da próstata.
Pelos canoros versos, parece que o gauchão não gostou.
Como está em voga questionar a “macheza” do gaúcho, os mal
intencionados podem achar que esse poema épico seja apenas tática
diversionista.
Transfiro o abacaxi aos leitores, recomendando que pensem e
tirem suas conclusões.
“Andava mijando
errado, com as urina em atrazo,
Era uma gota no
vaso, três ou quatro na lajota,
Na bombacha ou no
sacarpin, eu mesmo vazando em mim.
Que tamanha
porcaria, meu tico parecia uma mangueira de jardim.
O pensamento
manda, o pau não obedecia, quando a bexiga se enche,
Eu mijava a
prestação.
Pro banheiro em
procissão, uma ida atrás da outra,
Numa mijada
marota, contrastando com meu zelo,
Pra beber era um
camelo, e pra mijar um conta-gotas.
Depois de penar um
bom tempo, convivendo com esse horror
Resolvi procurar
um doutor, pra me dar um comprimido
Que aliviasse
minha dor.
Receitou-me um
monte de exames, de urina e ecografia,
Da minha arma de
trepa.
Me obrigou a
desaguá num penico, e me enfiaram um troco no tico,
Que me dói só de
lembra.
Ainda dei o meu
sangue, pros vampiro diplomado,
Pensei que tinha
acabado, só me faltava a receita.
Já tinha uma idéia
feita, me trato e adeus doutor,
Recupero o
mijador.
Nem sonhava em
concluir, que alguém iria invadir,
Meu buraco
cagador!
Fiquei bem
contrariado, tomei um baita dum choque,
Quando falaram em
toque, achei bem desagradável.
Pra um macho é
coisa impensável, um dedão campeando vaga,
No lugar que a
gente caga, vejam só o meu dilema.
O pau é que dá
problema e o meu cu é que paga.
Tentei todos
argumentos, me esquivei enquanto pude,
Mas se é para o
bem da saúde, não deve me fazer mal,
Expor assim meu
anal, fazer papel de mulher.
Nem tudo que a
gente quer ta de acordo com os planos,
Fui derrubando
meus panos e salve-se quem puder.
De cotovelo na
mesa, a bunda veia empinada,
No cu não passava
nada, nem piscava de apertado.
Mas era um dedo
tremendo, acostumado na bosta,
E eu que nunca dei
as costas pra desaforo de macho,
Pensava de pinto
baixo, o pior é se a gente gosta!
Pra mim foi mais
que um estupro, aquilo me entrou ardendo,
E então eu fiquei
sabendo, como se caga pra dentro.
Aquele dedo
nojento, me atolando sem piedade,
Me judiou
barbaridade, que alívio quando saiu,
Garanto pra quem
não viu, que não vou sentir saudade.
Enfiei a roupa
ligeiro, com vergonha e desconforto,
Vai que o doutor abusado,
sem pena das minhas pregas,
Chamasse outro
colega pra uma segunda opinião.
Apertei o
cinturão, fiz cara de brabo,
Dois mexendo no
meu rabo, aí seria diversão.
Depois daquela
tragédia que pra mim não tem fim,
Não comentei com
ninguém, pra evitar falatório.
Se alguém fala em
consultório, me bate um pouco de medo.
Não faço nenhum
segredo, dessa macheza que eu trago,
Mas cada vez que
eu cago, me lembro daquele dedo”

José Roberto-
26/03/12

3 comentários:


  1. Essa eu já conhecia, mas é realmente muito boa, ainda mais com a declamação empostada do gauchão.
    Quem tem,tem medo!!!!

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  2. Só de lembrar que está chegando a hora de fazer esse terrível exame anual, sinto arrepios.
    Tô igual ao gaucho, me borrando todo.

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  3. Tô em dúvida quanto a esse gaúcho.
    Acho que o danado disfarçou e está louco por uma segunda e terceira opinião.
    Gaucho macho não conta suas desgraças.

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