sexta-feira, 2 de março de 2012

AVALIAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL

AVALIAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL

Gastar dinheiro em pesquisa para constatar o óbvio, só mesmo
em terras tupuniquins, pois qualquer brasileiro pobre, tem a mais absoluta
certeza, que nosso sistema publico de saúde é uma droga.
Não é essa imagem que pintam nossos políticos, a ponto do
Ex, o Batráquio palrador, deixar escapar em seus destemperados improvisos, uma
de suas mais antológicas asneiras, afirmando em 2006, “que o país não estava
longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde”.
Perfeito para esses velhacos, que acometidos de um simples
resfriado ou dor de barriga, correm logo para o Einstein ou Sírio-Libanes, tudo
coberto com nosso suado dinheireirinho.
Mas que fizeram uma grande sacanagem com o Rio de Janeiro,
não há qualquer sombra de dúvida.
Colocar a cidade maravilhosa na rabeira, depois de Maceió,
Belém, São Luiz e outras capitais do norte e nordeste, onde no geral, o doente
entra andando e sai deitado(no caixão), evidencia a falta de critério dessa
pesquisa furada.
Só para exemplificar, o sistema de saúde de Maceió ficou em
greve por mais de seis meses em 2011 e a população nem notou, pois o
atendimento era tão ruim que a paralisação total não fez qualquer diferença.
Tudo ficou na mesma.
O Rio, pelo contrário, até que possui alguns hospitais de referencia,
especialmente para atendimentos emergenciais caso do Miguel Couto, o “numero
um” em atender feridos a bala, facadas e navalhadas e outros tipos de
perfurações.
As lutas entre facções rivais pelo controle do tráfico nos
morros e a ação das milícias(com boa ajuda da polícia), forneceu material de
sobra para tornar os médicos dos plantões cariocas, especialistas nesses tipos
de atendimento.
Especulo, que o coordenador da pesquisa tenha sido algum
carioca injuriado com os exageros veiculados nas TVs, fazendo propaganda
enganosa a favor do governo estadual e da prefeitura.
Numa dessas chamadas, aparece uma senhora sorridente sendo
atendida numa UPP(Unidade de Pronto Atendimento-estadual), limpa, bem
iluminada, sem filas, marcando sem qualquer problema uma infinidade de exames(tente
marcar um exame para verificar que o buraco e mais embaixo).
Noutra tomada, aparece um jovem casal, a mulher grávida,
também recebendo um atendimento exemplar na Clinica da Família(prefeitura), peças
de propaganda que só ocorrem na imaginação fértil de nossos políticos.
Se todos os níveis de governo fossem impedidos de gastar os
bilhões anuais em propaganda, inventando, distorcendo dados, mentindo, criando
cenários inexistentes, vendendo imagens irreais e enganando o povão, destinando
esses recursos para aparelhamento dos hospitais e valorização dos médicos
mediante uma supervisão eficiente, aí sim, iniciaríamos uma nova etapa,
melhorando a qualidade do atendimento a todos que recorrem à saúde publica,
especialmente os mais carentes, deixando de lado essa demagogia enganosa e
perniciosa, que ceifa anualmente milhares de vidas.
Mas isso já é querer demais.
Jamais nossos políticos abdicarão desse meio de
auto-promoção e de captação de recursos para os próprios bolsos.
A propaganda é a alma dos negócios, para ambos os lados da
moeda.

José Roberto- 02/03/12

3 comentários:

  1. Não recordo o nome do político matreiro, que disse certa vez, que o melhor hospital de Brasília era a Ponte aérea(p/s.Paulo).
    Somente os desafortunados tem a coragem de enfrentar um hospital público, pois quem já está na merda não tem mesmo outra opção.

    ResponderExcluir
  2. Quando os políticos tiverem a vergonha na cara de gastar menos em propagada e mais em saude, aí sim poderemos acreditar que alguma coisa vai melhorar, pois a sitaução atual é mesmo lastimável.
    Coitado dos que não tem algum plano privado.

    ResponderExcluir
  3. Essa pesquisa foi mesmo tendenciosa, pois até que no Rio o atendimento nos hospitais é razoável.
    Duro é ter coragem para enfrentar um hos´pital em alaggoas ou na terra do Sarney, recordistas em fazer defuntos, para felicidade dos coveiros e funerárias.

    ResponderExcluir