AINDA SOBRE O SALÁRIO DOS SENADORES

AINDA SOBRE O SALÁRIO DOS SENADORES

Tenho escrito tanto sobre maus feitos, trambicagens,
corrupção explicita e outras tramóias praticadas por senadores, que vocês podem
até achar que tenho implicância com essa classe de políticos.
Pois não tenham a menor dúvida, detesto esses representantes
da nossa Câmara Alta, que deveriam ser o equilíbrio e moderadores do poder
legislativo, quando na realidade se transformaram num bando de privilegiados,
que usufruem de mamatas e benefícios auto-concedidos, de fazer inveja a Rainha
da Inglaterra.
É obvio que dentre os 72, existem uns três ou quatro que são
honestos, porem se calam e aceitam os atos espúrios que emanam do Senado,
recebendo respingos de excrementos em suas reputações.
O quinto no qual botava fé, Demóstenes Torres, demonstrou
que era apenas um bom ator. Nos enganou por um bom tempo, mas como a mentira tem
pernas curtas, foi engolfado pela “cachoeira” de lama que emergiu de suas ligações
e telefonemas secretos, com amigos do crime organizado.
O primeiro a reclamar que os senadores ganham mal foi o
ilustríssimo cara de pau Ivo Cassol, de Rondônia, aquele com uma folha corrida
invejável, um dos homens mais ricos do estado, também conhecido por Mister M,
pois transformou as 15 vagas de assessores a que tinha direito, em 72.
Outro que não se conformou com a decisão da Comissão de
Assuntos Econômicos do Senado, acabando com o décimo quarto e décimo quinto
salários, foi o biônico senador Cyro Miranda, suplente sem votos de Marconi
Perillo(atual governador de Goiás), que disse “ter pena daqueles que são
obrigados a viver com o salário liquido de 19 mil”.
O safado esqueceu de mencionar as verbas indenizatórias e
outra dezena de penduricalhos!
O bom do décimo quarto e do décimo quinto, é que são isentos
do imposto de renda. Nada como poder legislar em causa própria.
Convém salientar, que essa mamata também se estende a Câmara
Federal, e que para ser definitivamente derrubada, terá que passar por inúmeras
votações, tudo indicando, que por muitos e muitos anos, permanecerá o “status
quo”.
É muita falta de vergonha senadores e deputados reclamar que
ganham pouco, pois raros são os que dão expediente de 2 ou 3 dias por semana,
sempre com a velha e manjada desculpa de
estar mantendo contatos com as bases.
Viajam quando bem entendem para Brasília e suas cidades,
muitas vezes só marcando presença e “dando no pé”, conforme flagrantes
documentados pela imprensa, utilizando as verbas indenizatórias mesmo nos
períodos de recesso, que são incontáveis.
O pior, é que vou escrevendo e ficando com mais raiva desses
aproveitadores, que despeito de nada produzirem de útil ao pais, de todas as trapaças, conseguem se reeleger e
vão se perenizando, as custas de votos de cabresto e troca de favores.
Para completar meu aborrecimento, está chegando a hora do
acerto com o fisco, quando terei que pagar ainda mais impostos, alem do já
recolhido na fonte, para sustentar a boa vida dessa cambada.

José Roberto- 28/03/12