quarta-feira, 2 de agosto de 2023

FUNDAÇÕES NOVAMENTE SOB RISCO

 

FUNDAÇÕES NOVAMENTE SOB RISCO

 

Com a volta de Mula, o maior ladrão de nossa história, ao governo, como não podia deixar de ser, chegou acompanhado de seu séquito de apaniguados e puxa sacos, todos com extensas fichas policiais, se houver um ou dois que entraram de gaiato nessa canoa furada, não me desculpo, pois quem anda em má companhia acaba se envolvendo nos rolos e na merdalhada.

As Fundações dos bancos oficiais e estatais, foram dilapidadas nos governos Mula e Dilma, com bilhões desviados, tanto para os diretores indicados a dedo (o que falta), como para os partidos e políticos da base, cujos rombos estão sendo cobertos a duras penas, pelos pobres funcionários associados a essas Fundações.

Petros (Petrobras), Previ (BB), Funcef(Caixa), Eletros(Eletrobras), Furnas, Correios e outras, foram assaltadas de forma despudorada por seus diretores, que investiam dinheiro  em fundos ou ações que apresentavam péssimas performances, sabendo de antemão que eram prejuízos na certa.

Com as empreiteiras, participavam de projetos e joint ventures, com estudos de viabilidade poucos confiáveis, aplicando recursos em obras com retorno a longo prazo e muito duvidosos.

Obviamente essas megas transações, seguiam orientação de altos membros do governo e de políticos que participaram do loteamento dos cargos de direção dessas entidades, em troca de apoio, alguns com domínio total em determinadas áreas, preenchendo todos os cargos de chefia, até nos escalões inferiores, azeitando o caminho para as negociatas e desvios.

Todas essas Fundações acumularam durante os anos petistas, prejuízos gigantescos, que a partir de meados do governo Bolsonaro, começaram a ser cobertos, com descontos significativos nos contracheques dos empregados, que se estenderão por vários anos, com as devidas correções.

Sacanagem fodida contra a qual nada se pode fazer, levando muita gente ao desespero, devido a redução de seus salários.

Como aposentado da Eletrobras, quase levei ferrada, escapando por pouco.

Entrei para a Empresa, vindo da CESP, em 16/08/1978, por sorte, participando da Eletros ainda num regime favorável, que durou até o dia 31 de agosto, cujo estatuto em vigor, aprovado pelos órgãos regulatórios, garantia que os eventuais prejuízos da Fundação, seriam cobertos pelo Tesouro Nacional, sorte que não tiveram os associados posteriormente a essa data, entrando num regime mais austero.

A Eletros, como todas as demais Fundações, também foi mal administrada, cujos prejuízos passaram a ser repassados a partir de 2020 ou 2021, cobrando logo de cara três planos de ressarcimento, correspondendo a mais de 30% do salário líquido mensal.

A Eletros tentou dar uma de esperta, passando a deduzir esses valores de todos os empregados, da ativa e aposentados.

Como os mais antigos eram isentos desses encargos excepcionais, por força do Estatuto vigente até 31/08/78, entramos na Justiça e conseguimos a suspensão da cobrança, ainda sem sentença definitiva por birra da Eletros, que continua recorrendo, mesmo sabendo que se trata de causa perdida.

No início deste ano, fomos surpreendidos por um novo plano de cobrança de prejuízos, o IV, equivalendo a aproximadamente 10% do salário mensal líquido.

De pura sacanagem, a Eletros nos aplicou outro golpe, mesmo com decisões da justiça a nosso favor, obrigando-nos a entrar novamente com outro mandado, restaurando nossas garantias, o que ainda não aconteceu.

A situação deve ser idêntica nas demais Fundações, com os pobres dos funcionários custeando sofridamente a gatunagem dos ex-diretores, que enriqueceram e continuam livres, leves e soltos, desfrutando de seus butins.

O grande perigo é que senão os mesmos, outros do igual naipe retornaram aos postos de direção, e como petista não renega suas torpes origens, já devem estar urdindo novas tramoias e roubalheiras.

Fora Mula!

 

José Roberto- 02/08/23

Um comentário:

  1. O trabalhador brasileiro não tem sossego. Novamente ele poderá ter os seus parcos ganhos diminuídos, através de descontos diretamente em folha, para cobrirem as falcatruas. Fazer o quê?, Pagar!

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