sexta-feira, 11 de agosto de 2023

CONFISSÕES DE UM VELHO PAI

 

CONFISSÕES DE UM VELHO PAI

 

Conforme praxe, não deixo passar em branco datas especiais, como Natal, Pascoa, Dia das Mães e obviamente dia dos Pais, além de outras que não preciso mencionar, sendo principais, as citadas.

Sobre Tonico, meu pai, homem maravilhoso que tem um lugar especial no céu, de onde vela por mim e por nossa família, já escrevi diversos textos, um deles, escrito há muitos anos, que quando a saudade bate, releio e   sempre me comove, pois na ocasião em que o postei, devia estar em “estado de graça”.

Hoje, no caso, o velho pai sou eu e tentarei dar uma rápida pincelada nesses longos anos em que desfrutei do prazer, amor e preocupação, junto de minha prole, sempre  ao lado da amada companheira Rê, o muro de arrimo de nossa família.

Muito difícil tratar desse tema sem ser piegas, repetitivo, utilizar chavões, cair em lugares comuns, porem, ao “printar essas mal traçadas linha”, tento ser sincero e honesto, desnudando “um pouco”, do pai que fui e que sou, considerando a relatividade dos fatos narrados, vistos e vivido apenas sob meu ângulo.

Começo minhas confissões pelo casamento com a bela caiçara de Itanhaém, que passou a perna em outras concorrentes (sem falsa modéstia), instalando-se como posseira em meu coração.

Rê quis filhos logo no começo, ficando ansiosa a as vezes até mesmo triste quando as expectativas não se confirmavam. Eu não me preocupava nem tinha pressa, pois sabia que os filhotes viriam na hora certa.

Maria Silvia, nossa Rosa Azul, foi a primeira a dar os ares, trazendo imensas alegrias e também preocupações aos pais de primeira viagem. Desde pequenina, com determinação e força e vontade, vingou e floresceu em nosso jardim, transformando-se nessa flor rara e especial, que alegra nossos dias.

Júnior, nosso “bezerrinho” chegou sem alarde, dois anos após a primogênita, grandão, faminto e chorão, com uma saúde invejável, num aceno divino de bonança, afastando nossos medos, reforçando nossos ânimos , com a certeza absoluta que Deus sabe o que faz.

Quando acreditava que a família estava completa, eis que surge numa grata surpresa, Maria Fernanda, mesmo depois do ginecologista de Regina garantir que ela não mais engravidaria.

Fefê veio na maciota, sem apresentar quaisquer sintomas no ventre materno, até que uma das mães da escola que Maria Silvia frequentava, olhou para Regina e perguntou se estava grávida. Surpresa, sem saber, mas em dúvida, fez o teste acertando em cheio.

Com seis anos de diferença, trouxe ainda mais trabalho e alegrias, pois as crianças já não exigiam tanto do nosso tempo, e com a novata, iniciamos novamente nossa rotina de fraldas e mamadeiras.

Acompanhei de perto, bem de perto o crescimento de todos os filhos, me especializando em contar histórias, imitando vozes das personagens, distraindo e brincando com todos.

Tenho certeza que fui um bom pai, presente e participativo, sendo inclusive o responsável pelas mamadeiras da madrugada, principalmente para Junior, que até grandinho, sempre com fome, não dispensava essa derradeira mamada.

O tempo voa. As crianças se tornaram adultas, cursos concluídos e canudos nas mãos.

Maria Silvia e Júnior ainda ligados ao cordão umbilical, moram conosco e acompanham de perto a leve mudança no humor do velho pai, mais ranzinza e menos paciente.

Que se passa velhote? Preciso lembrar do meu pai e voltar as velhas raízes.

Fernanda bateu asas, formando um belo casal com Bruno, nos brindando com dois maravilhoso netos, Letícia(10 anos) e Otávio(4 a completar brevemente), que enchem nossos corações e nossa casa de alegria. Nos derretem com suas demonstrações de carinho e afeto, que retribuímos em dobro.

A vida é uma viagem e já passei do meio do caminho, muito bem acompanhado.

Uma lembrança que me vem a memória, são o momentos agradáveis que passamos em nossa outra casa de Itanhaém, um sobrado construído sob a supervisão do velho Rosas, meu querido sogro, quando a noite, no mezanino, num clima de muito amor e camaradagem, todos juntos assistíamos algum filme ou programa na TV, como sempre imaginei, copiando imagens de filmes americanos que assisti na infância.

Ser pai, por tudo que passamos e ainda vamos passar, é sem dúvida uma delícia, uma benção de Deus.,

Um forte abraço a todos os pais, principalmente a meus amigos pais.

 

José Roberto-11/08/23

4 comentários:

  1. Parabens jose Roberto! Aluce

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  2. Querido amigo Gimael, parabéns! Como sempre, me delicio com suas palavras. Obrigado e um forte abraço para você e seus queridos familiares!

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  3. Parabéns abraço feliz dia dos pais

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  4. Como não lembrar também do meu pai, lendo este seu emocionante texto. Pois, tal como escreveu, nossos pais nos apoiaram, ajudaram a crescer, com honestidade, e foram nossos grandes amigos. Parabéns a você e todos os pais leitores deste blog.

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