quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

MUDANCA DE HÁBITOS

 

MUDANÇA DE HÁBITOS

 

Eu, como todo brasileiro “corajoso,  peitudo e metido a besta”, presenciando o que vem acontecendo em nosso país, onde se um sujeito peidar perto de uma autoridade, principalmente dos maiorais do STF, vai preso, ficando incomunicável sem acesso aos advogados e a família, a exemplo do que aconteceu com os pobres retardatários do desastroso 08 de janeiro, que nem sequer chegaram perto dos prédios dos Três Poderes, mas como presa fácil, foram arrestados pela Policia Federal, estando presos e incomunicáveis até hoje, sem qualquer prova concreta que os liguem aos atos de vandalismos perpetrados contra o patrimônio público; mesmo com todo meu estoicismo, conhecimentos sociológicos, psicológicos, sociais, econômicos e políticos, sou obrigado a cair na real, enfiar a viola no saco, passando a entoar melodias suaves, que não agridam os delicados ouvidos de nossas doutas autoridades.

Preambulo de um só parágrafo, imenso, para informar com desconforto uma mudança radical(ou não?) de hábitos, conforme já havia dado a entender em textos anteriores, pós eleição e pós essas prisões sem cumprir o ritual estabelecido em nossas leis.

Conheço perfeitamente minhas manias, o gosto pela rotina diária, meus vícios(raros) e minhas virtudes(muitas), mas o grande problema e conter a resiliência de minha “língua”, que “fala” diretamente com os dedos, que tocam no teclado obedecendo cegamente aos comandos inconsequentes, que podem gerar textos inconvenientes e problemáticos.

Conter a movimentação independente e radical de minha língua é uma tarefa difícil, uma mudança de um velho e arraigado hábito, aperfeiçoado ao longo de minha existência, repleto de manhas, artifícios, esquemas intrigantes e instigantes, resultando numa linguagem ferina, difícil de ser moderada, somente contida com muito esforço, na presença de Dona Regina.

Meus velhos amigos e mesmo os mais recentes, que conhecem minhas posições e minha franqueza excessiva, poderão pensar que o velho Zé está arregando, ao sabor das ondas,  acompanhando a maré ao invés de continuar lutando contra a correnteza, talvez cansado de lutas quixotescas contra moinhos de vento.

Tentando desfazer qualquer mal-entendido, declaro, a quem interessar possa, que simplesmente estou tentando me adaptar aos novos tempos, cujos cenários são bastantes desfavoráveis ao país, o gigante adormecido que tentou despertar, mas tende a retornar novamente ao berço esplêndido.

Encerro mordendo a língua, que ainda não foi totalmente amestrada.

 

José Roberto- 08/02/23

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