segunda-feira, 26 de julho de 2021

DIA DOS AVÓS


 

DIA DOS AVÓS

 

Depois de três agradáveis dias passados em Itanhaém, curtindo a presença de parentes queridos, retorno ao batente, ao “dolce far niente”, nem tão dolce, nem tão far niente, porque a vida de síndico não é só moleza, principalmente em tempos de grandes e importantes obras, como a reforma da nossa quadra de tênis(a área mais importante do condomínio).

Lembrando que hoje é dia dos avós, em deferência aos que como eu, têm a alegria de ter netos, não tocarei em política, CPI, ou assunto semelhante, para não macular uma data que deve ser de comemoração e abraços.

Apesar de praticamente não ter convivido com meus avós, que morreram precocemente, não chegando a conhecer os do lado paterno, enquanto do materno, lembro apenas da imagem do meu avô no caixão, sem entender a realidade da ocasião e de um susto, nesse mesmo dia,  ao atravessar um pasto na pequena Glicério-SP, levando uma corrida de uma vaca aparentemente brava. Até hoje não sei se esse fato aconteceu realmente ou se foi fruto de minha imaginação infantil.

Minha avó materna morou alguns anos conosco, em Birigui-SP (Flamínio,um amigo biriguiense que mora aqui Rio, já me enviou umas 10 mensagens, anunciado que nevará essa semana, em virtude da maior onda de frio dos últimos 50 anos que se aproxima. Sera´?),da qual tenho poucas lembranças. Lembro apenas que fumava e que fazia muita coalhada, pois mineira de Itajubá, tinha se casado com um imigrante libanês, que deve ter-lhe ensinado o beabá da maravilhosa cozinha de sua distante pátria.

Depois desse longo preâmbulo, quero falar(escrever) sobre Beto avô; a enorme felicidade de ter dois pequeninos que enchem meu coração de alegrias.

Letícia(Lelê), a mais velha, prestes a completar 8 anos é uma graça. Desinibida, esperta, falante pelos cotovelos(puxou a mãe), com um vocabulário de fazer inveja a muito marmanjo. Alem de todas essas qualidades é uma menina doce, que se relaciona bem com todos, principalmente com suas “melhores” amigas. Mari é a especial. A danadinha não esconde a preferência pela vovó Rê, e para me espezinhar, na lista de preferências sou o penúltimo, apenas a frente do espevitado Bahuam(Dug/Bug), buldogue francês que já foi muito levado, hoje mais calmo com a idade avançada.

É a nossa princesa. A menina mais bonita e esperta da zona sul do Rio de Janeiro, segundo a opinião “isenta” dos avós.

Otávio(Tatá), também prestes a fazer dois anos, é um daqueles bebezões de deixar qualquer um de queixo caído. Bonito, esperto e de gênio forte, demonstrando desde cedo não ser dócil como a Irmã, brigando e resmungando quando mexem em brinquedos de sua propriedade. Toma conta do que e seu, inclusive do seu quadrado. Promete. Um tanto arredio com estranhos adultos, devido ao isolamento imposto pela Covid, ficando em tenra idade, vários meses convivendo apenas com os pais e uma empregada. Adora passear de carro e brincar com miniaturas de todos os tipos de veículos. Tem um ótimo relacionamento com o Bug, que aceita sem reclamar seus afagos e até alguns puxões inadequados. Venera a irmã, que retribui o afeto com abraços um tanto exagerados, mas aceitos com risos e alegria.

Tocante ver Lelê lendo e contando histórias para o irmãozinho. Uma dupla maravilhosa.

Assim como Letícia não esconde a preferência pela Vovó, Otávio é Vovô descarado. Quando chego, vejo a alegria em seu rostinho bonito e o velho coração transborda de felicidade.

No dia dos avós, escrevo feliz sobre os netos, a quem dedicamos um amor diferente, sem cobranças, apenas com concessões, pois avós devem ser contemplativos, pacientes, fazendo todas as vontades dos pirralhos.

Estão numa idade maravilhosa e egoisticamente, queria que não crescessem.

Esperamos apenas, que os avós lambões, diante do inevitável, possam acompanhar o futuro dessas criaturas tão especiais, que com as bênçãos de Deus, mesmo em nosso atribulado país, será aprazível e com ventos favoráveis, graças ao forte “back ground” transmitidos pelos pais e por todos que os cercam.

Torço, que daqui algum tempo, Lelê e Tatá já crescidos, olhem para os dois velhinhos e relembrem passagens agradáveis, coisas boas vividas com o avós, que eu infelizmente, por “desígnios superiores” não pude sentir nem relembrar.

 

José Roberto- 26/07/21

 

 

 

 

Um comentário: