quinta-feira, 1 de julho de 2021

CHEIRO RUIM NO MINISTÉRIO DA SAÚDE


 

CHEIRO RUIM NO MINISTÉRIO DA SAÚDE

 

Que existe algo de podre no Ministério da Saúde, não é novidade, é uma doença nauseabunda que vem de longa data.

Tanto assim, que de 1998 a 2002, José Serra, talvez o melhor ministro que já tivemos, tentou fazer um faxina geral conseguindo ótimos resultados, centralizando as licitações e dando transparência a todas as compras e concorrências.

As trambicagens foram reduzidas, porem corrupção endêmica é impossível de ser totalmente eliminada, e a qualquer enfraquecimento dos controles volta sedenta, ainda com mais força, tentando recuperar o tempo perdido e a grana que não foi roubada.

Com a eleição de Mula e com membros de sua gangue devidamente realocados em postos chaves, a roubalheira voltou igual a um vendaval, com desvios no varejo e atacado. Um dos memoráveis escândalos da época foi o dos SANGUE-SUGAS, sob a tutela do baininho safado Humberto Costa, que a frente do Ministério controlava uma quadrilha que operava em todo o território nacional.

O esquema se baseava no desvio de verbas parlamentares transferidas aos municípios para compra de ambulâncias, superfaturadas em até 200%, com lucros do butim, repartidos entre os 57 deputados, senadores e prefeitos, envolvidos na maracutaia.

Tendo em vista o rebosteio atual surgido com a compra de vacinas, convem lembrar de um dos muitos casos que ocorreram durante a passagem de Ricardo Barros pelo Ministério, de 2016 a 2018 no governo Temer.

Esse Ricardão, deputado do oportunista Centrão,  transitou impoluto e garboso pelos  últimos governos. Têm um passado tenebroso, com processos por onde passou, começando por Maringá onde foi prefeito, até Brasília, sendo acusado pelo desvio de 20 milhões, na compra de medicamentos de alto custo para doenças especiais, que nunca chegaram a seu destino.

Infelizmente, Bolsonaro para poder ter um mínimo de governabilidade, foi obrigado a compor com membros execráveis do famigerado Centrão, como esse puto velho Ricardo Barros.

É justamente aí que mora o perigo, pois cedendo cargos chaves na área da saúde a seus indicados, justamente na área onde o corrupto já havia atuado e metido a mão, colocou-se raposas para tomar conta do galinheiro.

Mesmo num governo honesto(em tese), impossível controlar todos os mecanismos da imensa maquina administrativa, principalmente num período de uma grave pandemia, onde equipamentos, remédios e vacinas são comprados as pressas e sem concorrência.

Suspeito que haja um fundo de verdade nas acusações levantadas na fajuta CPI da Covid, pois o esperto Ricardão, percebendo as brechas, deve ter instruído seu pau mandado Roberto Ferreira Dias,  azeitar a compra da Covaxin, de forma semelhante ao que já havia feito com representantes da Astra-Zeneca, adicionando um dolarzinho ao preço das milhões de unidades que foram compradas.

Sem dúvida, um grande pepino para Bolsonaro, que terá que se livrar rapidamente desse traste para limpar sua barra e demonstrar, que em seu governo não se rouba impunemente.

 

José Roberto- 01/07/21

Um comentário:

  1. Segundo o que sempre foi petista Reinaldo Azevedo disse:"o PT desviou da Saúde R$ 242,4 bilhões e nessa área,o partido sempre foi a doença, não o remédio." Ou seja, é um ministério que os corruptos adoram meter a mãos, pois vai dinheiro para os estados e municípios cuidarem da saúde da população, mas os políticos corruptos cuidam mesmo é dos bolsos deles. A saúde no Brasil sempre esteve muito doente.

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