quarta-feira, 6 de março de 2019

RETIRO ESPIRITUAL FORÇADO


RETIRO ESPIRITUAL FORÇADO

Tenho quase certeza que esse foi o carnaval mais borocoxô que passei em minha vida, pois enxergando a meia bomba, sem poder fazer maiores esforços, até mesmo sem grande apetite pela manguaça, pouco fiz, alem de calejar a bunda assistindo as séries da Netflix.
Solidárias nesse meu ostracismo forçado, Dona Regina e Maria Silvia também pouco ou quase nada fizeram, pois devido ao mau tempo, não descemos para ver a criançada no Bloco Spantinha(Spanta Nenem), nem ao entardecer, para ver a saída da tradicional Rola Preguiçosa.
Em que pese algumas objeções de Dona Regina, que tinha outros planos para o carnaval, tudo transcorreu de forma tranquila, tranquila até demais, num marasmo quebrado apenas por alguns “cajus amigo”, que elevavam um pouco nosso ânimo e nossa moral.
Mas como já afirmei, até para beber estava meio preguiçoso, tomando bem menos que deveria, pois havia reforçado o estoque caseiro o que não foi de grande utilidade.
O interessante, ou para ser exato, o irritante, é que com melhora progressiva do olho esquerdo, que aos poucos vai se desanuviando, principalmente na metade superior, onde já começo a distinguir objetos e letras, fica mais difícil para ler e ver TV, pois conforme explicação do médico que me operou, o cérebro processa a informação recebida dos dois olhos, ficando confuso ao fazer o ajuste final da visão.
Enxergo perfeitamente tapando o olho esquerdo, mas não posso dar uma de pirata o tempo todo, pois necessito adaptar-me a essa lenta e chata recuperação.
Senti falta do pessoal da turma do tênis, pois nenhum deles ficou  plantado aqui no Rio, para ao menos papearmos e falar mal dos ausentes.
Vejam só!
Como um velho rabugento, cá estou a lamentar meu retiro forçado, gastando palavras e escrevendo abobrinhas sobre o que não fiz, pois mesmo que estivesse em plena forma(forma de velho), não teria grandes feitos a comentar; salvo pensamentos inconfessáveis criados pela mente de um velho tarado paulista, que sentiu a ausência das peladonas gostosas nos desfiles das escolas de samba.
Será que é o efeito Crivella, que alem de acabar com a cidade está também ferrando o carnaval carioca?

José Roberto- 06/03/19


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