São inquestionáveis os méritos da equipe de procuradores do Lava Jato, coordenada por Deltan Dallagnol.
Trabalharam de forma exemplar, desfiando as tramas que corroeram a Petrobras, bem como expondo a gula insaciável das empreiteiras em saquear os cofres públicos.
Desnudaram a ganância e a torpeza do PT, que pretendia perenizar-se no poder, roubando e cooptando corruptos e seus partidos fantoches, para se unirem em seu projeto pseudo socialista de rapinagem.
Derrubaram grandes empresários, encarceram políticos que se julgavam intocáveis, mexeram com gente grande, mostrando ao brasileiro que não mais acreditava na nossa justiça, que dessa vez, ela prevaleceria.
Recuperaram bilhões e foram reconhecidos como verdadeiros heróis de um novo tempo, que se descortina nos horizontes do país.
Mas...
Sempre há um mas, ou uma pedra no meio do caminho.
A fama e o poder são altamente embriagantes, funcionando como verdadeiros entorpecentes de alto calibre.
Picados pela famosa “mosca azul”, os promotores do Lava Jato não perderam oportunidades de aparecer na mídia relatando e enaltecendo seus magníficos feitos.
Vestiram o paramento de “santos guerreiros em sua luta contra ao dragão da maldade”, somente não foram santificados, porque segundo os escroques petistas, pertencem a direita conservadora.
Mas, porem, todavia, contudo, entretanto..., não resistiram a tentação, pois se tantos meteram a mão em bilhões, porque eles, senhores do bem e defensores da moralidade, não poderiam “tomar conta” de alguns bilhões recuperados e como homens sábios e quase santos, utilizar essa grana para o bem do povo.
Fundamentados nessa louvável premissa, se apropriaram da bagatela de 2,5 bilhões, lançando “a pedra fundamental” de uma Fundação, para gerir a bufunfa.
Obviamente uma Fundação comandada por promotores aposentados e talvez alguns da ativa, experts em desenvolver ações sociais positivas e levar a cabo campanhas educativas anti-corrupção, a exemplo de milhares de Ongs fajutas que proliferam em nosso país.
Não contavam com a resistência do TCU, AGU e CGU, órgãos de controle do governo central, frontalmente contra essa estapafúrdia e equivocada ideia.
Ainda bem que o arroubo ufanista dos promotores de Curitiba foi contido a tempo, evitando-se uma futura catástrofe, pois bem sabemos o que costuma acontecer nos intestinos dessas Fundações que deveriam promover o bem social.
Daqui há alguns anos, teríamos o Lava-Jato do Lava-Jato.
Que os “heróis de Curitiba” sosseguem o facho e fiquem na deles.
“Ado, ado, ado, cada um no seu quadrado”
José Roberto- 13/03/19
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