terça-feira, 3 de julho de 2018

O NEGÓCIO É TER FÉ

O NEGÓCIO É TER FÉ

Finalmente acabou a mamata que garantia a sobrevivência e a boa vida dos pelegos sindicais, que proliferaram feito urubus em cima da carniça
Com o fim do imposto sindical compulsório, os espertalhões que se refestelavam  nesse espúrio antipasto, agora terão que recorrer a outras malandragens.
Parece que o negócio de ocasião é explorar a ingenuidade e ignorância da camada mais pobre da população, que carente em todos os sentidos, busca na fé a solução para seus problemas terrenos.
Justamente nesse terreno fértil que pseudos bispos e pastores de araque, veborrágicos e “milagreiros”, com a bíblia no sovaco fizeram o pé de meia, acumulando riqueza e destaque invejável , com faturamento superando a vários ramos do setor produtivo da nação.
A exploração da fé tornou-se um dos grandes negócios do momento, graças a uma legislação tendenciosa conseguida pela bancada evangélica e religiosa do Congresso, que isenta templos de qualquer culto ou similar, de todos os tipos de impostos.
Temos hoje no Brasil, mais de 10 mil templos religiosos, alguns cadastrados em asilos, escritórios e até em estacionamentos, pois as isenções são concedidas sem qualquer verificação, tendo em vista o poder de fogo desse pessoal  e qualquer dificuldade poderá ser caracterizada como “perseguição religiosa ou preconceito”, modismo atual que se encaixa em qualquer  tipo de protesto.
Sem qualquer controle, aumenta a riqueza de alguns bispos mais espertos, que financiam e estimulam a bancada religiosa do Congresso, aumentando a cada eleição, fortalecendo o lobby dos exploradores da fé.
Estou pensando seriamente em transformar meu apartamento na sede de um “culto ubandista dos apreciadores de charuto”, antegozando a felicidade de ficar isento do Imposto de Renda, do IPTU, do Foro anual e podendo comprar qualquer tipo de carro isento do IPI e ICMS.
Já estou incorporando o espírito da uma entidade charuteira para iniciar meus rituais, que mesmo que tenha poucos seguidores, todos da família, garantirá a mamata da tão almejada isenção fiscal.
Aproveito para dar uma dica aos velhos amigos e possíveis interessados, que existe na Internet, um Curso para a Formação de Pastores, com custo estimado de 1.500 reais.
Obviamente após o pagamento, o interessado recebe dois livros , que após serem lidos servem de base para resposta de um questionário enviado pelo Curso.
Se as respostas copiadas estiverem corretas, pagando mais 99 pratas, o postulante a pastor recebe o diploma, histórico escolar e o mais importante, suas “credenciais” para exercer o nobre pastoreio.
Num momento de crise, desemprego e falta de oportunidades, fiica aqui a deixa para meus amigos e minguados leitores.

José Roberto- 03/07/18


 

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