segunda-feira, 30 de abril de 2018

A MAMATA DOS ADVOGADOS DO GOVERNO


A MAMATA DOS ADVOGADOS DO GOVERNO

Li nesse final de semana, que o rendimento médio dos advogados e procuradores do governo federal, tem causado inveja aos demais servidores públicos, inclusive os mais graduados.
Essa classe de privilegiados recebeu ano passado, remuneração mensal bem acima do teto legal, pois pela convenção e normas da OAB, a sucumbência em causas ganhas, vão sempre para seus bolsos e não para o patrono das demandas.
As importâncias recebidas sob esse título são contabilizadas a parte, exatamente como os penduricalhos dos políticos, provando mais uma vez, que espertalhões existem em todos os ramos, principalmente quando se trata de mamar nas tetinhas do governo.
É uma situação totalmente esdrúxula, pois caso esses advogados ou procuradores percam a causa, quem paga a sucumbência da parte contrária é o governo e os sabichões ficam isentos de qualquer ônus ou responsabilidade, uma tremenda mamata.
Essa situação ridícula e descabida acontece em todas as empresas do governo e bancos estatais, o que torna a trabalho advocatício um dos mais bem pagos e procurados, pois é grana extra na certa, independente de cortes orçamentários.
Acho até justo que advogados tenham direito a esses valores, desde que trabalhem por conta própria, e que mantenham bancas privadas, se sujeitando ao ônus e riscos da profissão, pois resultados negativos em sequência espantam eventuais clientes,  que no caso, alem dos honorários são obrigados a arcar com os valores arbitrados a título de sucumbência.
Nas empresas privadas, advogados assinam contratos de trabalho sabendo de antemão, que receberão apenas os salários e vantagens acordadas, e que valores relativos a sucumbências serão carreados aos cofres da empresa, contabilizados numa conta de compensação para cobrir eventuais derrotas judiciais.
É muita moleza e safadeza, que esses funcionários privilegiados participem apenas das vantagens, ficando livres de quaisquer ônus, independente das defesas terem sido bem ou mal arquitetadas.
Recordo, que logo após que me aposentei da Eletrobras, houve um grande bafafá que chegou a conhecimento da imprensa, com advogados da empresa faturando milhões em função de acordos duvidosos, sobre contendas a respeito do empréstimo compulsório.
A OAB, como todas as representações classistas do Brasil, é extremamente corporativista, olhando apenas para o interesse e umbigo de seus associados.
É preciso acabar com essa vergonhosa mamata, pois quem quiser receber sucumbência, que milite por conta própria.
Escrevi o texto com isenção de ânimos, pois minha filha caçula e meu genro são advogados. Dos bons.

José Roberto- 30/04/18




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