sexta-feira, 2 de março de 2018

LEGISLANDO EM CAUSA PRÓPRIA


LEGISLANDO EM CAUSA PRÓPRIA

Quando alguém se candidata a um cargo público, a Polícia Federal, ao Banco do Brasil, ao Magistério, a Juiz, Promotor e assemelhados, a pessoa sabe por antecipação, que poderá ser alocada em qualquer cidade do estado, ou se cargo federal, em qualquer recanto do nosso imenso país.
Como são cargos concorridos pelas vantagens que oferecem, mas principalmente pela estabilidade, alem de ótimos salários(com exceção do magistério, que infelizmente continua sub valorizado), o postulante tem que estudar bastante, pois há muita gente no páreo.
Todavia em alguma carreiras, principalmente as ligadas a área da justiça, após ingressar merecidamente na profissão(na maioria dos casos, exceto aberrações como o quinto constitucional, e indicações políticas para tribunais superiores e de contas), o sujeito passa a se considerar uma sumidade, alguém com mais direitos, esquecendo que nada mais é que um servidor público.
Mesmo com um belo salário recorrem a expedientes mesquinhos e irregulares, pleiteando junto a seus colegas da justiça, auxílio moradia, auxilio alimentação, auxilio creche, auxílio educação e todo tipo inimaginável de penduricalhos.
Numa troca-troca de favores e liminares, juízes passam a usufruir de vantagens absurdas, não factíveis a outros cargos públicos, nem mesmo ao professores, que em tese, seriam os mais habilitados a receber tais auxílios.
Posteriormente, essas vantagens passam a beneficiar promotores, procuradores, que recebem altas quantias alem do elevado salário, com dois sérios agravantes, pois alem de ultrapassar o teto constitucional os penduricalhos são isentos de imposto de renda.
Como é concebível que um juiz que more na mesma cidade onde trabalha, tendo habitação própria, receba R$ 4.377,00 limpinhos, enquanto o teto máximo de aposentadoria do INSS, para alguém que trabalhou 35/40 anos recolhendo a contribuição, é pouco mais de R$ 5.000,00, sujeito a diversos descontos, inclusive imposto de renda?
Existem no judiciário outras aberrações que permanecem enrustidas, mantidas judicialmente pelo poderoso espírito de corpo da classe, como no caso de juízes residentes em Brasília que dão expediente nos tribunais superiores, que alem de todos os penduricalhos citados, recebem ainda diárias. É o fim da picada!!!
A grande maioria das pessoas lúcidas e razoavelmente alfabetizadas, que acompanham os ventos promissores do Lava-Jato, ficaram tremendamente desapontadas quando souberam que os dois juízes expoentes dessa grande faxina, Sérgio Moro e Marcelo Bretas, pleitearam com seus colegas o auxilio moradia obtendo a mamata, Bretas inclusive em dobro, para ele e a mulher, casados, morando no mesmo apartamento.
Essas sacanagens revoltam a população, que indignada com propostas de contenção de despesas, ameaça de mudanças na aposentadorias, exige em primeiro lugar, a eliminação desses privilégios irregulares e inescrupulosos.
Suas excelências, diante da ameaça efetiva da supressão dessas mordomias irregulares, ameaçam uma greve de advertência no próximo dia 15.
Será que esses juízes não tem vergonha na cara?
Era só o que faltava, uma classe que tem mais de 3 meses de férias por ano, alem de incontáveis recessos, ameaçar fazer greve, por perda de benefícios intempestivos, imorais e irregulares.

José Roberto- 02/03/18



Um comentário:

  1. Parabéns Gimael, colocações e argumentação perfeitas. É muita diferença de tratamento, principalmente quando se compara com uma profissão tão nobre como os professores.

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