terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

A PORTA DA IMPUNIDADE

A PORTA DA IMPUNIDADE

De nada adianta o palavrório da ministra e Presidente do Supremo, Carmem Lúcia, pois fica muito difícil acreditar num tribunal que não julga os políticos, funcionando apenas de forma capenga quando se trata de outros ramos da sociedade civil.
Por tudo que temos visto, para o STF os políticos permanecem intocáveis, o que justifica a briga de foice de todos os corruptos pela manutenção do foro especial.
O pior castigo para qualquer deputado ou senador, é perder esse sacrossanto refúgio, onde os processos de suas roubalheiras são arquivados, até prescreverem pela ação do tempo e das teias de aranha.
Ainda ontem, um dos corruptos de primeira linha, o senador Romero Jucá comemorava sorridente mais uma vitória.
Mais um, dentre a dezenas de processos contra o corrupto senador que dormitam no Supremo, foi encerrado por decurso de prazo, após 14 anos de inanição.
Apenas nas mão do beiçudo Gilmar Mendes, o gostosão que não segura nem o guarda-chuvas, tarefa que fica a cargo de uma de suas assistentes, o processo ficou retido para vistas durante 5 anos.
Os outros nove, deve ter mofado na gaveta de algum assessor, que não teve tempo de encaminhá-lo a outro ministro, todos assoberbados com viagens, palestras e participação em seminários no Brasil e principalmente no exterior.
Cacete. Como viajam esses ministros!!!
Sobra pouco tempo para tocar os processos que vão se acumulando, enchendo salas e porões , mantendo gorda as traças que coabitam o local e se regalam com a farta papelada.
Jucá, Renan, Lobão, Jader, Aécio, dentre os 42 senadores com processos no STF, alem dos 250 deputados nessa mesma situação, devem ter festejado a boa notícia, felizes da vida, pois tudo segue o script, nada mudou no templo da impunidade.
A ministra até penteou os cabelos, passou um ruge,  para fingir de bravinha, mas jogava para a plateia, pois se quer mesmo que respeitemos o Supremo tem que botar os ministros folgados para trabalhar, fazer com que cumpram o importante papel para o qual foram indicados, se bem que uma boa parte, é carente das condições para exercício do cargo.
A exemplo do que ocorria num antigo programa de TV, “A Porta da Felicidade”,  onde o felizardo concorria a bons prêmios, o Supremo continua sendo, sem qualquer sombra de dúvida, “A Porta da Impunidade”, prêmio cobiçado por todos os políticos.

José Roberto- 06/02/18



Um comentário:

  1. Infelizmente o Brasil não tem uma "Corte Suprema". E temos de estar atentos porque pode acontecer de tudo com o processo do Lula. Acreditar que a Constituição e as leis existentes serão seguidas é o mesmo que acreditar em Papai Noel.

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